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Fim da quitação geral e programa de renda básica no Rio Doce já!
Atingidas R.
começou essa petição para
Governadores Romeu Zema e Renato Casagrande
Fim da quitação geral e programa de renda básica no Rio Doce já!
Atingidos do Rio Doce querem uma reparação de verdade: o fim da quitação geral, um programa
de transferência de renda como renda básica para quem precisa e uma Justiça que
respeite todas as vítimas do maior crime socioambiental da história do Brasil!
“Nós somos atingidos e atingidas pelo crime da
Samarco (Vale e BHP no Rio
Doce). Somos povos tradicionais, indígenas e
quilombolas, assentados da reforma agrária, moradores das comunidades atingidas.
Homens e mulheres, idosos e crianças que tivemos nossos sonhos e projetos de
vida interrompidos há mais cinco anos, pelo crime das mineradoras.
De 2015 até hoje não tivemos de volta nossas vidas,
nosso rio, nosso trabalho, nossa renda, nosso lazer, nossa autonomia, nossos
sonhos, nem sequer as nossas casas foram concluídas em Mariana e Barra longa,
nos três reassentamentos propostos.
Fazemos parte do Movimento dos Atingidos por
Barragens (MAB), de colônias, associações de pesca e de agropecuária,
sindicatos, igrejas, movimentos e pastorais. Nós integramos comissões locais de
atingidos, que se organizam desde o início com o apoio do Ministério Público Federal
(MPF) e das demais instituições de justiça para resguardar o nosso
direito na Bacia do rio Doce.
Estamos cansados de ter nossos destinos colocados
à mercê de empresas,
políticos e juízes, poderosos e donos desse
sistema, que negociam nossos
direitos à luz do dia sem nenhum pudor. Queremos
um processo justo em que os acordos, compromissos e escolhas anteriores sejam
respeitados.
Governadores Romeu Zema e Renato Casagrande: defendemos o fim da quitação geral e, assim
como no acordo em Brumadinho, a criação
de um fundo de transferência de renda para garantir alimento para os que precisam e condições de trabalho para quem depende da terra, do rio e do litoral atingido enquanto a tão prometida reparação integral não começar efetivamente.
Queremos que o Sistema Indenizatório Simplificado
(Novel) seja aprimorado. Que acolha e atualize todos os dados organizados no
PIM e que novas matrizes de danos possam ser feitas nos territórios com a
ampla participação das atingidas e atingidos, resguardando suas diferenças e
potencialidades.
Queremos, por fim, participar de todos as decisões com o acompanhamento de assessorias técnicas independentes direcionando demanda individuais e coletivas e elaborando projetos de reparação a serem executados nos territórios reconhecidos como atingidos.
Temos certeza que as soluções para uma reparação
integral do crime virá de nós, atingidos e atingidas, povo unido e organizado nos
territórios. A verdadeira participação popular virá das ruas, das praias,
das escolas, das beiradas de rios e mangues, das vilas e das comunidades
atingidas. Virá do povo atingido, em seu espaço de vivência, de afeto e de luta.
Venceremos!
Atingidos do Rio Doce querem uma reparação de verdade: o fim da quitação geral, um programa
de transferência de renda como renda básica para quem precisa e uma Justiça que
respeite todas as vítimas do maior crime socioambiental da história do Brasil!
“Nós somos atingidos e atingidas pelo crime da
Samarco (Vale e BHP no Rio
Doce). Somos povos tradicionais, indígenas e
quilombolas, assentados da reforma agrária, moradores das comunidades atingidas.
Homens e mulheres, idosos e crianças que tivemos nossos sonhos e projetos de
vida interrompidos há mais cinco anos, pelo crime das mineradoras.
De 2015 até hoje não tivemos de volta nossas vidas,
nosso rio, nosso trabalho, nossa renda, nosso lazer, nossa autonomia, nossos
sonhos, nem sequer as nossas casas foram concluídas em Mariana e Barra longa,
nos três reassentamentos propostos.
Fazemos parte do Movimento dos Atingidos por
Barragens (MAB), de colônias, associações de pesca e de agropecuária,
sindicatos, igrejas, movimentos e pastorais. Nós integramos comissões locais de
atingidos, que se organizam desde o início com o apoio do Ministério Público Federal
(MPF) e das demais instituições de justiça para resguardar o nosso
direito na Bacia do rio Doce.
Estamos cansados de ter nossos destinos colocados
à mercê de empresas,
políticos e juízes, poderosos e donos desse
sistema, que negociam nossos
direitos à luz do dia sem nenhum pudor. Queremos
um processo justo em que os acordos, compromissos e escolhas anteriores sejam
respeitados.
Governadores Romeu Zema e Renato Casagrande: defendemos o fim da quitação geral e, assim
como no acordo em Brumadinho, a criação
de um fundo de transferência de renda para garantir alimento para os que precisam e condições de trabalho para quem depende da terra, do rio e do litoral atingido enquanto a tão prometida reparação integral não começar efetivamente.
Queremos que o Sistema Indenizatório Simplificado
(Novel) seja aprimorado. Que acolha e atualize todos os dados organizados no
PIM e que novas matrizes de danos possam ser feitas nos territórios com a
ampla participação das atingidas e atingidos, resguardando suas diferenças e
potencialidades.
Queremos, por fim, participar de todos as decisões com o acompanhamento de assessorias técnicas independentes direcionando demanda individuais e coletivas e elaborando projetos de reparação a serem executados nos territórios reconhecidos como atingidos.
Temos certeza que as soluções para uma reparação
integral do crime virá de nós, atingidos e atingidas, povo unido e organizado nos
territórios. A verdadeira participação popular virá das ruas, das praias,
das escolas, das beiradas de rios e mangues, das vilas e das comunidades
atingidas. Virá do povo atingido, em seu espaço de vivência, de afeto e de luta.
Venceremos!
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