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CONTRA a construção do novo alojamento do IMPA na floresta!

CONTRA a construção do novo alojamento do IMPA na floresta!

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Esta petição foi criada por AMA B. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
AMA B.
começou essa petição para
Ministério Público, Prefeitura do Rio de Janeiro, IMPA
Somos CONTRA a construção de um novo alojamento do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) em área florestal situada nas adjacências da rua Barão de Oliveira Castro e Marquês de Sabará, no bairro do Horto Florestal, Rio de Janeiro. O referido projeto representa uma imensa agressão à biodiversidade local, além de trazer uma enorme ameaça para a segurança dos moradores das ruas supracitadas, dado que o terreno em questão é uma encosta íngreme e rochosa, em condição de instabilidade.

Trata-se de uma zona exclusivamente residencial (ZR1), não adequada para a ambiciosa construção de edifícios de porte gigantesco em plena floresta, majoritariamente dedicados à hospedagem de matemáticos. Entendemos que a cidade do Rio de Janeiro dispõe de diversos espaços já construídos e pouco utilizados que podem ser aproveitados para esta função, e que desmatar para tal uma das poucas áreas verdes ainda preservadas na Zona Sul do Rio de Janeiro constituiria uma atitude extremamente desrespeitosa com a cidade.

Alega-se que o projeto de arquitetura em questão ganhou prêmio de sustentabilidade, mas é evidente que a atitude mais sustentável e correta neste contexto é simplesmente preservar a natureza existente e não substituí-la por um empreendimento que teria imenso impacto. Uma obra com tais dimensões implica em ruídos altíssimos, desvio do curso de águas, desmatamento, em suma: alteração radical do habitat da flora e da fauna locais. Alem disso, o alojamento de mais de cento e trinta pessoas aumenta o fluxo do trânsito, o consumo de energia, altera a iluminação do ecossistema e gera uma quantidade absurda de lixo.

Estes fatores representam também uma ameaça à segurança dos moradores da área, tendo em vista que as ruas Barão de Oliveira Castro e Marquês de Sabará possuem um histórico de graves impactos provocados pelo escoamento das chuvas fortes na referida encosta, o que já provocou a inundação de casas e prédios. Alguns moradores correram risco de vida em função da quantidade de água que invadiu suas casas em 2019, e até hoje não puderam retornar para suas residências, que foram gravemente prejudicadas. Este fator gera imensa preocupação a respeito de interferências na geologia desta encosta - que seria inevitavelmente provocada pela presença de máquinas, pela retirada de árvores e pela construção de edifícios imensos. Muitas vidas estão em risco e suas vozes estão sendo ignoradas pelo IMPA.

Após alguns questionamentos e reivindicações apresentados pelos moradores da região ao IMPA em 2019, o diálogo foi interrompido abruptamente pela instituição e a obra está sendo iniciada de forma impositiva, com A DERRUBADA DE ÁRVORES, INICIADA NA SEGUNDA FEIRA, 3 DE MAIO. Trata-se de uma atitude unilateral, que precisa ser combatida em defesa da cidadania, do meio ambiente e dos direitos humanos.

Some-se a isso o gravíssimo contexto da fase mais crítica da pandemia Covid-19, que requer, mais do que nunca, respeito e cuidado. Esta obra pretende envolver cerca de duzentos funcionários circulando em área residencial, de 8:00 às 18:00, enquanto a maioria dos moradores desta região estão se esforçando para permanecer em suas casas, seguindo as recomendações e protocolos dos órgãos de saúde internacionais. O início da construção acena como enorme risco sanitário não apenas para os moradores da área, mas também para todos os funcionários atuantes na obra, bem como de outros profissionais que, por força de ofício (entregadores, porteiros, profissionais de limpeza, manutenções diversas), circulam pela região.

Entendemos, finalmente, que um projeto que se diz “sustentável” deveria se comprometer com três pilares: ambiental, econômico e social, respeitando os seres humanos do ecossistema em jogo - o que, infelizmente, não está sendo cumprido pela instituição.


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