Normalizem o preço dos consoles de nova geração!

Em outubro de 2020 foram anunciados os preços dos novos consoles, sendo $499 as suas versões mais caras, Xbox Series X da Microsoft e Playstation 5 da Sony. Nesse mesmo mês houve uma redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) nos consoles, anunciado pelo Governo Federal. Os preços foram oficialmente divulgados no mercado brasileiro pelas próprias fabricantes no fim daquele mês no valor de R$4.600,00 (com pequena variação entre as marcas). No entanto, o que temos visto após a pré-venda e início das vendas oficiais a partir de 10 de novembro de 2020, data mundial do lançamento, é UM AUMENTO ABSURDO nos preços praticados no varejo , tanto nos sites das revendedoras oficiais quanto praticado pelas lojas não oficiais, o chamado "mercado cinza". Os valores partem de R$6.000,00, R$7.000,00 e chegam à surreais R$12.000,00!!! Soma-se a isso a atuação de inúmeros cambistas que compraram o produto em pré-venda apenas para revender também por preços abusivos. A maneira como o varejo, principalmente as lojas licenciadas para venda, passaram a agir como atacadistas para os citados cambistas, sem nenhum filtro ou medida de proteção ao consumidor real, foi assustadora! Enfim, a procura enorme juntamente com a baixa oferta tem sido usada como justificativa para esse fenômeno mas vivemos um ano atípico, enfrentamos uma pandemia mundial na qual muitas pessoas ainda seguem uma rotina de isolamento social e quarentena. Assim, têm se consumido muito mais entretenimento dentro de casa, o que inclui filmes e principalmente jogos eletrônicos. Aproveitar-se dessa situação para aumentar ridiculamente os preços dos novos consoles É CRIMINOSO! A elevação de preços injustificada é uma prática abusiva considerada infração prevista no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), punível desde a esfera administrativa - com aplicação de multa e até mesmo de interdição do estabelecimento - até a criminal, uma vez que configura crime contra o consumidor e a economia popular. É também importante salientar que tal prática não é exclusiva do mercado brasileiro, muitos cambistas conhecidos externamente como "scalpers" utilizam das técnicas mais avançadas, como o uso de robôs virtuais de compra automática, para acabar com estoques de produtos em segundos. Isso tende a ser uma regra com todo produto de alto apelo comercial, em especial os eletrônicos como smartphones, TVs, notebooks e etc... É necessária a tomada de alguma medida antes que a situação fique insustentável!
Portanto, solicitamos à Associação Brasileira dos PROCONS que tome providências quanto à averiguação deste assunto pois exigimos respeito como consumidores!