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Junte-se a nós! Já somos mais de 500 Policiais Antifascismo em defesa da democracia.

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Esta petição foi criada por Dalchem V. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Dalchem V.
começou essa petição para
Operadores de Segurança Pública
POLICIAIS ANTIFASCISMO EM DEFESA DA
DEMOCRACIA POPULAR
“Não voltaremos à normalidade, porque a normalidade era o problema”. A frase projetada na parede de um prédio da cidade de Santiago, capital do Chile, que circulou nas redes sociais como uma reflexão para um mundo pós-pandemia da covid-19, cabe como uma luva para a reação necessária às ameaças de desestabilização institucional democrática em nosso país.
É fato que o fascismo nada mais faz do que se apropriar e prolongar os mecanismos construídos pelas sociedades liberais. Afinal, a existência de um aparato policial violento contra as classes populares; as estruturas e agências jurídicas para sustentação de um Estado de Direito, voltado para garantir os interesses de grupos econômicos e financeiros; a  governança e gestão das desigualdades sociais e exploração do trabalho; o controle
diuturno sobre os corpos e vidas dos pobres; o racismo institucional; a
misoginia; a LGBTfobia; a repressão violenta contra os trabalhadores no campo e na cidade; a criminalização dos movimentos sociais; nada disso é invenção do fascismo.
O que se apresenta neste momento, como uma ameaça singular, é a institucionalização e o avanço destes mecanismos de controle e repressão,
que pretendem afastar toda e qualquer forma de oposição ao modelo político-jurídico-econômico neoliberal. Não podemos esquecer que, ao assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro afirmou que iria “banir toda a forma de ativismo em nosso país”. Essa é a orientação dos gabinetes do ódio, que transformam as fake news em instrumentos de perseguição política.
Neste exato momento de ameaças de  rupturada ordem democrática institucional, “com as armas da democracia”, o Movimento Policiais Antifascismo está sendo covardemente atacado por uma investigação política do Ministério Público do Rio Grande do Norte. De acordo com o
procedimento preparatório, com mais de 600 páginas, somos enquadrados ficticiamente como “grupo paramilitar”, com dezenas de policiais antifascismo sendo identificados com fotos, endereço e
telefone. Um simples olhar sobre a peça investigatória faz lembrar os piores
momentos dos anos de chumbo, no ressurgimento de uma polícia política,
hoje comandada por um promotor de justiça. Ao mesmo tempo, um
parlamentar do PSL no Rio Grande do Sul, representa do seu gabinete na
Assembleia Legislativa Estadual contra um policial antifascismo de Porto
Alegre, por simplesmente postar nas suas redes sociais apoio aos
movimentos antifascistas locais. Não podemos esquecer também muitos
policiais perseguidos através de processos administrativos, que visam o
cerceamento dos nossos direitos e liberdades políticas, garantidos pela
Constituição Federal.
As milícias e grupos paramilitares reais, que estão se organizando em
todo o país, com a proteção e conivência de muitas autoridades, não são o
único problema a ser enfrentado na luta antifascismo no Brasil. O projeto
de neutralização dos movimentos populares de resistência passa por uma
estrutura que conta com uma rede de operadores de poder, como
parlamentares, promotores de justiça e magistrados. A estratégia de
avanço do projeto fascista no país é ampla. Mobilizam a intolerância e o
ódio aos movimentos de esquerda nas ruas e nas instituições da República.
Os esforços do Presidente, visando se apropriar do comando da polícia
federal e da Procuradoria Geral da República, confirmam isso.
Precisamos avançar a resistência para uma aliança popular
antifascismo. Não podemos conceber unidade política sem participação
popular. Somos um movimento suprapartidário e não menosprezamos a
luta parlamentar, que também se mostra necessária neste momento. Os
partidos políticos do campo progressista são fundamentais, mas precisamos
de uma Frente Única Antifascista, com a participação de sindicatos,
entidades de classe, movimentos populares, estudantes, servidores
públicos, acadêmicos, juristas, artistas, mas principalmente dos amplos
setores da classe trabalhadora, para organizarmos uma reação às ameaças
civil-militares de ruptura institucional. Somente a resistência organizada,
que garanta a participação popular, poderá cumprir essa tarefa.

Nós, policiais antifascismo, acreditamos que o trabalhador policial
deve se colocar ao lado dos demais trabalhadores no enfrentamento ao
fascismo. Afinal, o projeto fascista em nosso país é um projeto de avanço
no ataque aos direitos conquistados pelos trabalhadores. Essa ofensiva
atinge diretamente os policiais, apontando cada vez mais para a
privatização da segurança e para o aumento da precarização do seu
trabalho. Os números de suicídios entre policiais é somente o sintoma das
péssimas condições a que estão submetidos os trabalhadores do sistema de
segurança pública em nosso país. Disputar o reconhecimento dos policiais
como trabalhadores faz parte da nossa tarefa enquanto policiais
antifascismo. Afinal, somos irmãos trabalhadores!
Convidamos todos os policiais civis, federais, rodoviários federais,
militares, bombeiros, guardas municipais, policiais penais, agentes sócio-
educativos e demais trabalhadores do sistema de segurança pública a se
unirem ao nosso movimento e assinarem este compromisso com a
verdadeira democracia! 
Postado (Atualizado )