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Ancine, FSA, instâncias de fomento audiovisual dos Estados e Municípios  : Que o Fundo Setorial de fato contemple o documentário brasileiro

Ancine, FSA, instâncias de fomento audiovisual dos Estados e Municípios : Que o Fundo Setorial de fato contemple o documentário brasileiro

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Mais C.
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Ancine, FSA, instâncias de fomento audiovisual dos Estados e Municípios
#See english translation below.

Essa carta é fruto de estudos e debates que aconteceram ao longo do festival É tudo verdade e promovidos pelo movimento Rio: Mais Cinema, Menos Cenário.

O DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO ESTÁ EM RISCO.

Essa é a conclusão a que nós cineastas, produtores, pesquisadores e críticos chegamos após analisar dados públicos sobre o mercado audiovisual brasileiro.

O documentário é um registro fundamental da nossa memória, da nossa cultura, do nosso modo de ser e de fazer. Mas apesar de todo o legado artístico, histórico, político e social, ano após ano os editais voltados para o gênero vêm sendo extintos. Os recursos aplicados nos documentários não acompanham o gigantesco salto no investimento em audiovisual no país.

Em números, o que isso significa?

O Fundo Setorial do Audiovisual se consolidou como o maior fomentador do audiovisual brasileiro. Desde sua criação, em 2007, investiu 321 milhões de reais na produção de longas-metragens para salas de cinema.

Desse total, apenas 10 milhões foram aplicados em documentários.

Ou seja, ínfimos 3%.

Nos mercados de TV e novas mídias, o investimento em documentário de longa-metragem também é reduzido.

Vale lembrar que o alerta já havia soado no ano passado. No encerramento desse mesmo festival, um manifesto assinado por cineastas de diversas regiões foi lido e, nele, já se afirmava que "as políticas públicas estão discriminando o documentário de longa-metragem no Brasil".

Portanto, diante do cenário que aponta para uma desaceleração da produção dos longa documentais, propomos à Ancine e ao Fundo Setorial mudanças imediatas.

A primeira delas: que a gestão do documentário, do fomento à prestação de contas, seja pensada e executada por profissionais que compreendam a versatilidade da linguagem documental contemporânea.

A segunda: a criação de linhas exclusivas para a produção e a distribuição de documentários de longa metragem, dotadas de júris específicos. Essas linhas devem corresponder a, pelo menos, 25% do orçamento geral gasto com longas-metragens no mesmo ano.

Terceira: a inclusão do longa documentário nas linhas de desenvolvimento e complementação de recursos que já existem.

Esperamos ainda que essas diretrizes influenciem outras instâncias do fomento audiovisual nos níveis federal, estadual e municipal.

É consenso entre os participantes dos encontros dos últimos dias: A LÓGICA DE MERCADO NÃO PODE NORTEAR O INVESTIMENTO NA PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS.

Viva o documentário brasileiro!

#English version:

This letter results of studies and debates promoted by the movement Rio: Mais Cinema, Menos Cenário (RMCMC) that took place just before and through It’s All True Documentary Film Festival 2015.

The Brazilian Documentary Film is in danger.

This is the conclusion that filmmakers, producers, researchers, critics came to after analyzing public data about the Brazilian film market. The documentary is a fundamental register of our memory, our culture, our way of being and doing.

Despite its entire artistic, historical, political and social legacy, year after year, funds to the genre are almost extinct. The sources applied to documentaries do not follow the enormous investments made in Brazilian cinema as a whole.

What does that mean when we look at the data?

The Audiovisual Fund (FSA) is the largest supporter of Brazilian cinema. Since its creation in 2007 it has invested 321M Reais in production of feature films to be screened at cinemas. Out of this total amount only 10M were invested in documentaries.

In other words, only 3%.

It is important to remember that the alert has been pointed last year, at this same festival when a manifesto signed by filmmakers from all over the country was presented to the public affirming, “the public politics are discriminating against the Brazilian documentary feature film.”

Thus, facing this scenery that points towards a disacelaration of documentary feature film production we propose to ANCINE (Brazilian Cinema Agency) and to the Audiovisual Fund (FSA) immediate changes.

The first: that professionals able to understand the versatility of the documental contemporary language must be the ones who will be in charge of the management of documentary.

Second: the creation of specific funds dedicated to the production and distribution of documentary features, evaluated by specialized jury. Such funds should respond to nothing less than 25% of the whole budget spend with fiction feature films in the same year.

Third: the inclusion of feature documentary in existing funds dedicated to the development and completion of documentary films.

We hope that such guide influence other audiovisual funding sources in the federal, governmental and local spheres.

The consensus among the participants of our recent meetings: the logic of the marketplace must not govern investment decisions with respect to funding documentary production.
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