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Esta petição foi encerrada
Por amor ao Stella Maris

Por amor ao Stella Maris

Esta petição foi encerrada
50 Apoiadores

Lourdes V.
começou essa petição para
Prefeitura Municipal de Triunfo, Ministério Público, Diocese de Afogados da Ingazeira
A cidade de Triunfo, no sertão do Alto Pajéu, em Pernambuco, sempre se orgulhou de seu patrimônio arquitetônico e cultural. Um dos imóveis mais icônicos desse patrimônio é o prédio que abrigou por mais de sessenta anos o famoso Colégio Stella Maris , mantido pela Sociedade Franciscana Maristela do Brasil. Essa construção remonta ao início do Século XX. Situada no Sítio Horta, funcionava anteriormente como o “prédio do Seminário”. O imóvel havia sido construído pelo Bispo de Floresta, entre 1913 e 1916 para servir de Ginásio Diocesano, e funcionou até 1919. Como o Ginásio não teve mais condições de continuar, o prédio passou para os Irmãos Maristas que, em 25 de janeiro de 1920, fundaram o Colégio do Sagrado Coração. Localizado no Sítio Horta, propriedade comprada ao coronel Monteiro,cujo terreno era conhecido como Sítio dos Monteiros. A partir de 1924, houve uma diminuição do número de alunos e, no final de 1926, foram encerradas as atividades dos Maristas em Triunfo. Sem os cuidados necessários, o prédio já bastante deteriorado foi prometido às irmãs franciscanas pelo bispo de Pesqueira. As irmãs estavam em Triunfo desde janeiro de 1939, trabalhando na oferta de educação e já haviam dados os primeiros passos para a criação do Colégio Stella Maris, sem contar ainda com instalações físicas adequadas para o bom funcionamento do educandário. Daí a importância da cessão do prédio do antigo Seminário. Faltava o documento oficial de doação, que saiu depois de muitas dificuldades, somente em 18 de fevereiro de 1944. Iniciaram-se logo os trabalhos difíceis de reconstrução. Foram grandes os desafios: falta de dinheiro e de mão de obra, falta de matériais necessários à restauração e ampliação do prédio. Não obstante, com a ajuda da sociedade triunfense, em 1946, o novo Colégio Stella Maris foi inaugurado e escreveu um capítulo fundamental na historia da educação, não apenas na cidade de Triunfo, mas em todo o estado de Pernambuco. O prédio imponente foi palco de uma experiência educacional única, cujos frutos de sucesso chegam até os dias de hoje, com seus egressos se destacando em todas as áreas do conhecimento. Ao longo das décadas, no entanto o Colégio Stella Maris passou a sofrer com a inadimplência e ausência dos recursos financeiros necessários. Tal situação culminou com o fim de suas atividades educacionais em 31 de dezembro de 2003, quando completava 65 anos de serviço prestado àquela população. Foram momentos de muito sofrimento, tanto para o povo triunfense como para as Irmãs. O prédio foi devolvido para Diocese de Afogados da Ingazeira, conforme determinava a Escritura. Atualmente parte do prédio funciona como Centro Diocesano. Outra parte foi alugada à prefeitura Municipal para o funcionamento da Escola Municipal, que recebeu o nome de Centro Educativo Stella Maris partir de janeiro de 2006. Ao longo desses anos, em que pese o fato de parte da estrutura arquitetônica estar em permanente uso, o prédio está com sua estrutura física extremamente deteriorada. O imóvel foi tombado pelo poder público municipal através da Lei nº 1082/2007 , que instituiu o Plano Diretor do Município de Triunfo. O tombamento, segundo preceito de José Cretella Júnior, “É restrição parcial ao direito de propriedade, realizada pelo Estado com a finalidade de conservar objetos móveis e imóveis, considerados de interesse histórico, artístico, arqueológico, etnográfico ou bibliográfico relevante”. O imóvel tombado não terá sua propriedade alterada e não precisará ser desapropriado, mas deverá, por força de lei, manter as mesmas características que possuía na data do tombamento. Seu objetivo é a vedação da destruição e da descaracterização desse bem, não havendo qualquer impedimento para a venda, aluguel ou herança de um bem tombado, desde que continue sendo preservado. Não obstante o prédio do Stella Maris se caracterizar por seu enorme interesse histórico, arquitetônico e cultural da cidade de Triunfo, e ser uma propriedade tombada, o que se assiste é o total desaso com sua manutenção. Parte do imóvel está em ruínas. O teto de uma parte do prédio desabou, percebe-se nas paredes o desgaste causado pelas infiltrações, a quadra está totalmente abandonada, os jardins de linhas geometricamente traçadas perderam seu contornos, algumas árvores que remontam ao início da construção, como os pés de tamarindos plantados no pátio do colégio, morreram e as palmeiras imperiais carecem de cuidados. O sítio do colégio agoniza à mercê das intempéries, a parte onde ficava o curral e a pocilga estão abandonados. A população de Triunfo, os ex-alunos do Stella Maris, os triunfenses ausentes e os amantes da cidade exigem da Diocese de Afogados da Ingazeira a imediata restauração do patrimônio arquitetônico do Stella Maris e cobram da Prefeitura de Triunfo e do Ministério Público a fiscalização dos danos ao imóvel tombado, bem como a cobrança de medidas para a necessária e imediata revitalização.

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