Evitar que os ramais ferroviários que serão devolvidos pela FCA ao governo federal, sejam erradicados.
A Resolução Nº 4.131, de 3 de Julho de 2013, autoriza a concessionária FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A., a proceder a desativação e devolução dos seguintes trechos ferroviários:
Alagoinhas (BA) – Juazeiro (BA);
Alagoinhas (BA) – Propriá (SE);
Cachoeiro de Itapemirim (ES) – Vitória (ES);
Barão de Angra (RJ) – Campos dos Goytacazes (RJ) – Cachoeiro de Itapemirim (ES), incluindo trecho Recreio – Cataguases;
Visconde de Itaboraí (RJ) – Campos dos Goytacazes (RJ); e
Corinto (MG) a partir do km 1.015 + 000 – Alagoinhas (BA).
Paripe (BA) – Mapele (BA);
Ramal do Porto de Salvador;
General Carneiro (MG) a partir do km 588+600 – Miguel Burnier (MG), incluindo:
ramal de Siderúrgica (MG), contido no trecho Sabará (MG) – Miguel Burnier (MG); e triângulo ferroviário e a ponte ferroviária, no sentido de Sabará (MG).
Barão de Camargos (MG) – Lafaiete Bandeira (MG);
Biagípolis (SP) – Itaú (MG);
Ribeirão Preto (SP) – Passagem (SP); e Barão de Angra (RJ) – São Bento (RJ).
Alagoinhas (BA) – Juazeiro (BA);
Juazeiro (BA) – Petrolina (PE), adjacente ao trecho Alagoinhas (BA) – Juazeiro (BA);
Ramal do Porto de Juazeiro (BA), contido no trecho Alagoinhas (BA) – Juazeiro (BA); e Ramal de Campo Formoso (BA), contido no trecho Alagoinhas (BA) – Juazeiro (BA).
Alagoinhas (BA) – Propriá (SE);
Ramal da Fábrica de Fertilizantes da Nitrofértil - FAFEN (SE), contido no trecho Alagoinhas (BA) – Própria (SE).
Cachoeiro de Itapemirim (ES) – Vitória (ES);
Ramal da Fábrica de Cimento Nassau (ES), contido no trecho Cachoeiro de Itapemirim (ES) – Vitória (ES);
Sub-ramal de Coutinho (ES), contido no trecho Cachoeiro de Itapemirim (ES) – Vitória (ES); e Variante de Cachoeiro de Itapemirim (ES), considerando os segmentos ferroviários de IBC Novo ao Km 479 e Cobiça da Leopoldina à chave do ramal da Fábrica de Cimento.
Barão de Angra (RJ) – Campos dos Goytacazes (RJ) – Cachoeiro de Itapemirim (ES), incluindo trecho Recreio – Cataguases;
Barão de Camargos (MG) - Cataguases (MG), adjacente ao trecho
Cataguases (MG) – Recreio (MG) – Campos dos Goytacazes (RJ).
Visconde de Itaboraí (RJ) – Campos dos Goytacazes (RJ);
Ramal Fazenda União (RJ), contido no trecho Visconde de Itaboraí (RJ) – Campos dos Goytacazes (RJ); e Ramal de Imbetiba (RJ), contido no trecho Visconde de Itaboraí (RJ) – Campos dos Goytacazes (RJ).
Corinto (MG) a partir do Km 856+100 – Alagoinhas (BA);
Ramal de Porto de Aratu (BA), contido no trecho Corinto (MG) –
Alagoinhas (BA); e Ramal do Complexo Petroquímico de Camaçari - COPEC (BA), contido no trecho Corinto (MG) – Alagoinhas (BA).
O Brasil precisa de ferrovias. Nosso mapa ferroviário míngua a cada ano e nossas linhas mais antigas consideradas pela concessionária FCA como anti-econômicas e que serão devolvidas ao governo, poderiam ser remodeladas, ter novos raios de curva, novas rampas, melhorar traçados e assim contribuir para o transporte de cargas e passageiros, sendo uma opção a mais, interligando cidades do interior de Minas, Rio, Espírito Santo, Bahia e parte de São Paulo, com um serviço de trens tipo VLT, um veículo rodo-ferroviário ou mesmo com cargas de menor porte. Muitas destas linhas estão sem tráfego desde o final dos anos 90 e invasões começam a acontecer o que tornará a sua viabilidade operacional num futuro próximo, mais difícil. São centenas e centenas de km de linhas, que foram construídas a mais de 100 anos. Eram linhas que serviram para o desenvolvimento do interior destes estados e hoje estão abandonadas ou com pequeno fluxo. Algumas são economicamente viáveis como o trecho de Barão de Camargos/MG a Barão de Angra/RJ (trem da bauxita) por exemplo, que escoa a produção da bauxita das proximidades de Cataguases/MG e sem este trem, a produção corre o risco de ser escoada por caminhões... Outras, sem serviço como o trecho de Cataguases/MG a Ponte Nova/MG, estão com os dias contados, seus trilhos sendo erradicados ou roubados e poderiam muito bem, num projeto ferroviário que participassem as prefeituras das cidades por onde passam, governos estaduais, federal e entidades de preservação ferroviária, servirem à população, ou serem transformadas (as menos econômicas) em trens turísticos, contribuindo para a economia das localidades com a criação de empregos e incremento cultural. O que não se pode aceitar é o desmonte do parque ferroviário brasileiro que ao longo dos tempos viu a ferrovia virar sucata e ser erradicada. O Brasil precisa de ferrovias, pois hoje vivemos o gargalo nas ruas e rodovias, onde veículos andam com velocidade menores que carroças ou carruagens do século XIX. Resumindo, não evoluímos.