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Governo de Angola: Proíbam a demolição do Elinga-Teatro

Governo de Angola: Proíbam a demolição do Elinga-Teatro

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Esta petição foi criada por Jorge S. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Jorge S.
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Governo de Angola
O edifício do largo Matadi (ex-Tristão da Cunha) é, como sabem aqueles que o frequentam, o maior ponto cultural da cidade. Aquela informalidade e disponibilidade para o outro, sem que seja o dinheiro a comandar a natureza das relações, representando uma certa baixa de Luanda, de mistura socio-cultural, de experimentação e de modernidade, entre o local e o global, com angolanos e estrangeiros, é praticamente só ali que acontece. A convivência de dois tipos de arquitectura é um marco da história da cidade, os vestígios de outros tempos lado a lado com o ritmo acelerado de uma cidade frenética, também ali estão bem representados. Não nos faltam justificativas para a preservação e valorização do Elinga.

Construído por portugueses no século XIX, foi Colégio das Beiras nos anos 40, catalogado por despacho como “testemunho histórico do passado colonial” e monumento histórico, em 1981, vindo depois a ser desclassificado pelo Ministério da Cultura em Abril de 2012. O último período – desde que nasceu formalmente o Elinga Teatro, a quem foi cedida a gestão do espaço, até este desfecho enquanto projecto imobiliário Elipark, entre parque de estacionamento, escritórios e hotel – dá continuidade à vida agitada do edifício. Pelo meio, antes da especulação imobiliária vencer, decorreram quase dez anos de negociações e discussões sobre a requalificação desse conjunto arquitectónico. “Uma morte anunciada mas mal gerida”, como diz o actor Orlando Sérgio ao Rede Angola.

De vários lados vieram alertas e lamentos a esta perda, inclusive da imprensa internacional. “Este centro da cultura angolana, berço de artistas contestatários, vai desaparecer em breve, com as suas paredes cor-de-rosa reduzidas a entulho, esmagadas pelos bulldozers e conhecer, assim, o mesmo destino de tantas casas antigas do centro da capital angolana, entregue aos promotores imobiliários atraídos pelas fragrâncias do ouro negro do segundo produtor de petróleo da África subsariana. E, no entanto, o teatro tinha todas as condições para escapar a este destino funesto.” Escreve Christophe Châtelot no jornal Le Monde a 30 de Agosto do ano passado.

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