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Governo do Estado de São Paulo: Não implantação da base da polícia Militar no centro de Paraisópolis

Governo do Estado de São Paulo: Não implantação da base da polícia Militar no centro de Paraisópolis

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Esta petição foi criada por Marisa F. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Marisa F.
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Governo do Estado de São Paulo

A Comunidade Paraisópolis, como outras comunidades de São Paulo e do Brasil, não necessitam de uma base militar no centro das tuas atividades. Necessitam sim de Centros Culturais, Lazer, educação e Saúde.

O Movimento Paraisópolis Exige Respeito é contra a implantação da Base da Polícia Militar no centro da comunidade de Paraisópolis.

O governo Estadual de São Paulo, com o intuito de implantar uma Base de Polícia Militar no Centro de Paraisópolis quer expulsar 10 famílias do local e 23 comércios locais.

A justificativa do Governo a esta implantação são os roubos que vem ocorrendo na Rua Dr. Flavio Americo (Ladeiras no Morumbi) . No entanto, o local onde querem implantar a base Rua Ernest Renan 1311 é bem distante da Ladeira, o que impediria qualquer "suposta" ação para reprimir os referidos assaltos.

Paraisópolis é uma comunidade de mais de 90 mil habitantes. As ruas estão constantemente repletas de jovens, adolescentes e crianças no ir e vir das escolas; de mulheres e homens lutando pela sobrevivência. Nas ruas estreitas, os carros e pedestres competem pela ocupação destes espaços. Não se escuta estórias de tiroteios, abuso ou brigas constantes.

O terreno, onde o governo pretende implantar a base, é localizado em uma região onde transitam muitas crianças e jovens, assim qualquer problema que implique em algum enfrentamento armado causaria danos imensuráveis para a comunidade. O terreno é vizinho da EMEF Paulo Freire (uma escola bem conceituada pelo critério do MEC), seguido pela primeira UBS da comunidade. O Campo do Palmeirinha, única área de lazer da comunidade, como a Biblioteca Escola Crescimento Educação Infantil. (Única da Região do Morumbi) também constituem a vizinhança do local.

Se existe um problema de segurança pública, em um local específico, ele deve ser analisado, pesquisado e solucionado a partir dos resultados da averiguação do problema.

Temos acompanhado de perto algumas ações da Polícia Militar em Paraisópolis que demonstram que a convivência diária desta corporação com a população não tem de forma alguma protegido a comunidade, ao contrário são experiências de humilhações constantes, invasões de casas, roubos e até de danos físicos. (caso exemplar foi a perda do olho de uma jovem ocasionada por tiros de borracha). A Operação Saturação (2009) é um exemplo desta ocupação da polícia militar, que permanece vivo nos discursos de toda a população de Paraisópolis, a maioria dos moradores tem uma história para relatar (descasos, abuso, roubo, invasão de casas). O caso do Bonde dos Carecas, que aterrorizava dos moradores e impedia o funcionamento de qualquer comércio depois do toque de recolher é outra situação que demonstra a barbárie que implica esta relação.

Estas situações acima relatadas foram enfrentadas com a força e a solidariedade de alguns moradores que venceram o medo e puderam fazer ecoar pelo mundo o que se passava no cotidiano desta comunidade.

Estamos cansados de respostas aleatórias para resoluções de problemas específicos. A Implantação da base da polícia militar dentro de Paraisópolis, não responde a resolução do problema levantado, ao contrário, produz , provoca inúmeros outros problemas.

Experiências nacionais, demonstram o que implica nesta ocupação da policia militar dentro das comunidade. No Complexo do Alemão, a implantação das UPPs, tem ocasionado, mortes de moradores ( senhora, senhores, crianças e jovens), vítimas de bala perdida. Em 2014, foram 11 mortos e 21 feridos.

NÃO QUEREMOS ISSO PARA A NOSSA COMUNIDADE



Somos contra a criminalização da população empobrecida por uma sociedade já tão desigual e injusta.
Somos contra a militarização das relações interpessoais da comunidade.
Somos contra o despejo de 10 famílias e 23 comerciantes.
Somos contra colocar em risco dezenas de crianças, adolescentes de jovens, mulheres e homens, que circundam o lugar escolhido para a implantação da base da polícia militar.


Assinam este documento:


Paulo Arantes

Plínio de Arruda Sampaio Junior

Marisa Feffermann

Beatriz Abramides

Vera Telles

Daniel Hirata

Rubens Adorno

Karina Biondi

Gabriel Feltran

Alessandra Teixeira

Nadjane Tatiane

Guga PZs



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