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Esta petição foi encerrada
Ministério Público/SP, Prefeitura de São Paulo, PM/SP, SEP: Contra o cerco do Allianz Parque em dias de jogos do Palmeir

Ministério Público/SP, Prefeitura de São Paulo, PM/SP, SEP: Contra o cerco do Allianz Parque em dias de jogos do Palmeir

Esta petição foi encerrada
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Luís H.
começou essa petição para
Prefeitura de São Paulo, Ministério Público de São Paulo, Sociedade Esportiva Palmeiras, Polícia Militar de São Paulo
Nós, torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras abaixo‐assinados, por meio destes ofícios e de eventuais Habeas Corpus e Mandados de Seguranças, solicitamos o fim do bloqueio das ruas Palestra Itália (antiga Turiassu), Caraíbas e Padre Antônio Tomás em dias de jogos da Sociedade Esportiva Palmeiras no estádio Allianz Parque, medida realizada pela Polícia Militar de São Paulo , Subprefeitura da Lapa da Prefeitura de São Paulo , Ministério Público de São Paulo e com apoio irrestrito da atual diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Desde o dia 23 de outubro de 2016, a partir do jogo da Sociedade Esportiva Palmeiras contra o Sport Club do Recife, a Polícia Militar vem bloqueando a passagem por estas ruas de pessoas que não portam ingressos para as partidas no Allianz Parque. A medida, sem qualquer aviso ou justificativa prévia, também afetou torcedores que compram seus ingressos pela internet e cujo cartão de crédito funciona como entrada nas catracas do estádio. A ordem dos policiais, entretanto, é bloquear a passagem de qualquer torcedor que não possua ingressos físicos ou carteirinhas do programa de sócio‐torcedor do clube.

Por conta do elevado preço dos ingressos para jogos no estádio Allianz Parque – ticket médio mais caro do país (https&colon//esportes.yahoo.com/fotos/conhe&percntC3&percntA7a‐os‐10‐clubes‐que‐cobram‐ingressos‐mais‐caros‐da‐s&percntC3&percntA9rie‐a‐photo‐1473196893483.html) – a única possibilidade para milhares de torcedores acompanharem seu time de perto é se reunir nas imediações do estádio, enquanto ouvem em rádios ou assistem pelas TVs dos bares do seu entorno as partidas do seu clube do coração, algo que acontece há décadas na região sem maiores transtornos. O campo de futebol existe naquele local desde 1902.

Ali, a poucos metros de distância do jogo sente‐se a energia do grande espetáculo. E entre seus pares, torcedores dividem sua angústia e empurram o Palmeiras em busca de mais uma vitória. Naquela atmosfera, a imensa massa de torcedores não sai de casa com o intuito de causar confusão ou roubar os pertences daqueles que tem condição financeira de pagar o ingresso mais caro do esporte mais popular do país, como fazem crer as autoridades, que falham em apresentar dados que comprovem esta estapafúrdia tese. Casos isolados não podem balizar a classificação de todos os torcedores como arruaceiros.

Convidamos, inclusive, a diretoria do Palmeiras a descer do seu camarote no Allianz Parque, palco recente de agressões precipitadas por membros de seu corpo diretivo – estas jamais alvo de sanções por parte dos mesmos órgãos de controle ‐ para acompanhar em harmonia os jogos ao lado de sua torcida.

Não deixa de ser irônico que, em junho de 2015, foi com grande alarde que o presidente Paulo Nobre, ao lado de figuras nefastas e alheias ao clube como o ex‐governador e prefeito Paulo Maluf, participou da cerimônia de troca de nome da rua Turiassu para Palestra Italia, no trecho que passa em frente ao antigo estádio de mesmo nome. Além do significado de “ginásio” que a palavra italiana palestra carrega, ela também expressa “reunião”, “conferência”.

" A cidade de São Paulo faz uma correção histórica, porque o Palestra Itália foi violentado a trocar de nome por motivos meramente políticos. Esse é um presente à comunidade italiana e a todos os 16 milhões de palmeirenses. São poucos os que podem morar em uma rua que leva seu próprio nome ", disse o presidente à época como relatado pela imprensa (http&colon//espn.uol.com.br/noticia/518049_paulo‐nobre‐fala‐em‐correcao‐historica‐e‐ganha‐parabens‐de‐maluf).

Ao mesmo tempo, causa espanto que tal medida que proíbe a livre circulação de pessoas tenha sido aprovada por uma prefeitura que se orgulha de ter devolvido as ruas para os paulistanos, sobretudo com o fechamento para os carros de importantes avenidas da cidade aos domingos.

Da mesma forma, soa contraditório que uma diretoria que exalta manifestações de rua da sua torcida, como o Corredor Alviverde, apoie agora uma medida que impeça esses mesmos eventos. Em 2 de dezembro de 2015, dia da final da Copa do Brasil entra Palmeiras e Santos no Allianz Parque, milhares de torcedores do Palmeiras se reuniram nas ruas para acompanhar o ônibus da delegação dos jogadores. A energia transmitida pela torcida causou comoção nos atletas e foi enaltecida em vídeo produzido e veiculado pela atual diretoria em seu canal oficial no YouTube (https&colon//www.youtube.com/watch&questv&equalsNuV80apyhUA).

Ademais, em enquete realizada pelo portal Globo Esporte, 95&percnt dos torcedores foram contra a decisão de limitar o acesso de pessoas sem ingressos no entorno do estádio (http&colon//globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2016/11/nobre‐apoia‐decisao‐da‐pm‐de‐limitar‐acesso‐no‐entorno‐da‐arena‐do‐verdao.html).

É esse direito, o de livre reunião, consagrado no inciso XVI do artigo 5o da Constituição da República Federativa do Brasil, que a atual medida de cerco ao Allianz Parque desrespeita. E, de modo ainda mais preocupante, sem qualquer justificativa baseada em dados por parte dos órgãos públicos.

Cabe lembrar que o principal patrimônio de um clube de futebol não se mede por concreto armado, mas por sua torcida. Sem ela, os 22 jogadores em campo correm apenas por si mesmos.

Solicitamos, desta forma, o fim dos bloqueios realizados pela Polícia Militar nas ruas Palestra Itália (antiga Turiassu), Caraíbas e Padre Antônio Tomás em dias de jogos da Sociedade Esportiva Palmeiras no estádio Allianz Parque.

Para finalizar, gostaríamos de lembrar a presente diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras que, em setembro de 1942, fomos obrigados a abandonar o nosso nome Palestra Itália por imposição de um governo até então alinhado com o nazi‐fascismo. Em meio ao clima da 2ª Guerra Mundial, palestrinos e cidadãos de origem italiana foram vítimas de agressões e acusados de “quinta‐colunas” nas ruas da cidade. Com boatos de que o estádio Palestra Itália seria tomado por um clube rival, torcedores fizeram uma vigília na então rua Turiassu para proteger a sua casa.

Setenta e quatro anos depois, nós queremos voltar a ocupar a rua que carrega essa história. Pela força do poder econômico, não temos condições de acompanhar nossa paixão no interior de nossa casa. Pois bem. Se não nos querem nas arquibancadas, as ruas não nos tomarão.

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Movimento Contra o Cerco do Allianz Parque ‐ Rua Palestra Livre
https&colon//www.facebook.com/contraocercodopalestra/
Postado (Atualizado )