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PUC-SP: Manifesto contra Inquisição

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Esta petição foi criada por Cauê M. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Cauê M.
começou essa petição para
PUC-SP
Manifesto de indignação pela sindicância instaurada contra os Profs. Jonnefer Barbosa, Peter Pál Pelbart e Yolanda Glória Gambôa Muñoz sob a acusação infundada de planejar e divulgar a apresentação da peça Uzyna Uzona do e com o autor, ator e diretor de teatro José Celso Martinez Correa, no Pátio da Cruz.

Uma Universidade existe para e graças a seus alunos. Espaço e convivência no campus são – ou deveriam ser – o modelo mais acabado de exercício de democracia, de ética e de tolerância às diferenças. Em nome dessas premissas fundamentais, nós, na qualidade de alunos da PUC/SP e, portanto, de seus mais legítimos representantes, convocamos à reflexão sobre o absurdo das acusações feitas a três dos nossos melhores e mais respeitados professores e ao arquivamento da referida sindicância, que nos agride e envergonha. Com ela, pretende-se reduzir um movimento extremamente rico e importante para os alunos e para a Universidade - a greve dos alunos em Novembro 2012 - a um único e isolado episódio dentre os inúmeros que ocorreram naquele período. Como outros artistas ou professores renomados, os membros do Grupo de Teatro Oficina foram convidados pelos alunos. Com a sua participação, artistas e intelectuais preencheram as lacunas acadêmicas deixadas pela paralisação e ajudaram a manter o campus ocupado. Esse foi, entre outros, o caso da Cia. de Teatro Oficina, conduzida pelo diretor teatral José Celso Martinez Correa. Como todos os demais, eles também foram convidados pelos alunos e tiveram total liberdade para escolher a obra a encenar e para se exprimir (liberdade essa que é uma obviedade no caso de artistas com a genialidade criativa, a autonomia e a experiência cênica de um Zé Celso Martinez).

Assim, nós alunos, apesar da insatisfação com a imposição de uma reitora não eleita, fizemos daquele movimento de Novembro 2012 um momento de grande vitalidade, riqueza humana e cultural na e para a PUC. Deslocar tendenciosamente esse evento daquele contexto de greve e acontecimentos e, com isso, pretender transformá-lo numa espécie de “conspiração” de três professores é amesquinhar a nossa ação, é subestimar a nossa capacidade de mobilização, é reduzir a pó um momento importante da nossa vida universitária. Um breve momento em que nós, alunos, fizemos reviver a PUC, sua fibra e nossas esperanças. Nós fizemos a greve de Novembro 2012, que era de alunos e não de professores. Nós convidamos, entre outros, o Zé Celso, que é um dos nomes mais importantes e respeitados do teatro brasileiro.

Novembro 2012 faz parte do nosso verdadeiro ‘patrimônio moral’ - uma expressão que é totalmente distorcida nesta acusação sem fundamento contra nossos professores. Nós, ao contrário, com ela nomeamos um valor universal, como o respeito à palavra dada, escrita, subscrita e mantida até o fim - princípio esse que a Prof. Anna Cintra jogou no lixo ao trair seu compromisso formal com os alunos (nós mesmos) no curso das eleições de 2012.

Da mesma forma, lembramos que a liberdade de expressão, o trabalho artístico, a arte, enfim, não podem ser julgados por critérios de ordem moral. Os valores atacados por essa sindicância - liberdade de expressão e pensamento, bem como tolerância com as diferenças e abertura ao diálogo - constituem as condições de possibilidade da Universidade, seus pilares, que ora são agredidos por essa ameaça de punição a três dos nossos professores e, com isso, punir cada um de nós, em nome de uma agenda nada transparente e com a qual decerto não compactuamos.

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