Prefeitura, Subprefeitura e SEOP do município do Rio de Janeiro: Concedam licença para realização do Evento Som das Artes da Prainha

Nesta segunda-feira (04/04), o Evento Som das Artes da Prainha, criado para dar voz e visibilidade aos artistas locais da Região Portuária, teve sua solicitação de alvará negada pela prefeitura, subprefeitura e SEOP, sob a justificativa de "falta de conveniência/oportunidade". Como sabemos, a Região Portuária foi uma área abandonada e esquecida pelo poder público por muitos anos. No entanto, consta na pauta do Projeto Porto Maravilha, a promoção do desenvolvimento social e econômico da população dessa parte da cidade, levando em conta a expansão das atividades culturais e sua valorização histórica. Portanto, fica o questionamento: para quem é esse desenvolvimento, se os próprios moradores e artistas locais não podem utilizar um espaço público em prol do reconhecimento da cultura portuária e do resgate da sua memória? Por essa razão, estamos mobilizando a toda sociedade civil do Rio de Janeiro, no sentido de fortalecer não apenas a nossa luta em prol da autorização do evento, mas também no apoio às nossas expressões artísticas que afirmam a nossa posição enquanto atores sociais neste território.


Histórico do Coletivo Som das Artes da Prainha


O Coletivo Som das Artes iniciou suas atividades em abril de 2015, norteado pelo princípio que visa o resgate da cultura local e as suas mais variadas formas de expressão. O embasamento desta proposta articula a necessidade de valorizar a memória local, que inclui a Pedra do Sal, por ser o principal ponto de partida da identidade musical e artística da Região Portuária do Rio de Janeiro. É um projeto que se compõe da relação entre a música e as demais expressões artísticas. Busca integrar grupos, artistas de todas as modalidades, profissionais da gastronomia e artesanato da Região Portuária, além dos comerciantes locais que possuam um objetivo comum: mover ações culturais a serem realizadas no Largo São Francisco da Prainha, no bairro da Saúde, todas as segundas-feiras, a partir das 18h. O seu mote é: sempre fazer valer o seu direito de estar na rua trocando conhecimentos, criando e difundindo artes, da maneira mais democrática possível - a céu aberto!