
Congresso Nacional: Inclusão da Igualdade de Gênero no PNE (Plano Nacional de Educação)
O PNE (Plano Nacional de Educação) encontra-se no Congresso Nacional desde 2010 e anuncia uma série de metas para o setor educacional: desde a educação infantil à pós graduação.
Nas próximas
semanas acontece a jornada conclusiva do texto: depois de ser analisado pela
Câmara e Senado, ele retornou aos deputados, que podem apenas aceitar o texto
proposto pelos senadores ou reaver a redação aprovada pela Câmara em 2012.
A questão de gênero - cujo tema principal visa combater duramente as práticas
preconceituosas e discriminatórias iniciadas na infância - é o grande alvo de
toda polêmica que envolve o Plano Nacional de Educação, já que obriga
educadores a discutir com os alunos a equidade de gênero, seja qual for. O
problema é que muitos religiosos protestam e defendem duramente a exclusão
deste trecho que - para eles - é apenas um "detalhe" que contradiz
sua moral.
Infelizmente, o sistema de ensino brasileiro ainda cultua - mesmo que de forma
inconsciente - toda uma carga de discriminação histórica que existe na
sociedade contra as mulheres e - desta forma - o preconceito, desigualdade e
machismo são reproduzidos. Vamos lutar por novas gerações que não compactuem
com a diferença de forma negativa entre homens e mulheres e - para tal - faz-se
necessário reverter o lado perverso das estatísticas que ainda apontam para uma
disparidade de gênero.
As crianças de hoje serão os adultos pensantes - conscientes ou não - do amanhã
e esta escolha encontra-se em nossas mãos; são elas a esperança de um futuro
melhor, mais justo e equilibrado em todos os sentidos; são as sementes
plantadas para colhermos na fase adulta.
Entra, então, o importante papel da educação para conscientização, desde cedo,
destas mentes em processo de evolução.
A Escola precisa ter um papel determinante e ser um contraponto positivo à
educação familiar, pois ninguém nasce com preconceitos, mas os aprende. A
Escola precisa ensinar à criança não apenas a ler, escrever, fazer contas,
aprender geografia, ciência, mas também ensiná-la como ser uma pessoa
conscienciosa, adepta da cultura da tolerância.
Algumas sugestões que serão tratadas de forma lúdica e na linguagem correta
para a criança:
- Abolir os estereótipos de gênero que são as representações perpetuadas em nossa sociedade sobre o que um Homem deve ou pode fazer de um lado; o que a Mulher deve ou pode fazer do outro. Lembrando que fica o Homem em evidente vantagem.
- Exterminar os papéis sociais de gênero que englobam os comportamentos ao longo da história, que valorizam certas atividades como sendo de homem e outras como de mulher.
- Extinguir - através da conscientização - a discriminação indireta.
- Acabar com os termos e linguagem que são paradigmas das desigualdades como: o emprego do gênero masculino para incluir homens e mulheres.