Democracia de verdade no Figueirense: três mudanças no novo estatuto.
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A democracia no Figueirense não pode ser limitada. Pressionados pela torcida, o Conselho Deliberativo do Figueirense está prestes a aprovar uma proposta de Estatuto.
Só que o texto final contém limitações que impossibilitam afirmar que o Figueirense viverá uma democracia de verdade.
[ PARA COMEÇAR ]
Imagine o clube como uma cidade. O presidente é o prefeito, que administra conforme os parâmetros estabelecidos por lei. Os conselheiros são como vereadores, que devem fiscalizar a conduta do prefeito e cuidar para que a cidade caminhe no trilho certo.
Em uma cidade você vota direto nos candidatos a prefeito e vereador. Os mais votados se elegem, um prefeito e alguns vereadores. O voto é direto, você escolhe em quem votar. E se quiser você pode se candidatar a vereador.
[ OITO ANOS PARA VOTAR ]
Na nova proposta de estatuto do Figueirense, as eleições não seriam assim tão democráticas. Quem é sócio do time terá que pagar por 8 anos, sem parar por mais de três meses, para poder votar. No Brasil a média é entre 2 e 3 anos.
Tem mais: você não votará diretamente em quem você quer para presidente (prefeito) e conselheiros (vereadores). O voto será em uma lista (chapa) de 110 conselheiros. Se não se tiver mais de uma lista, a chapa será eleita por aclamação, sem voto.
E o presidente? Será eleito pela chapa vencedora e não pelo voto dos milhares de alvinegros associados. Ou seja: eleição indireta. É como se o prefeito da sua cidade fosse eleito sem o seu voto.
[ DIVISÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO ]
Se o torcedor, chamado de "sócio contribuinte" quiser ser conselheiro o caminho é ainda mais difícil. Você terá que conhecer alguém do atual conselho para conseguir entrar em uma das chapas. Isso porque são 110 vagas dividas entre 55 para sócios patrimoniais (os que estão no poder hoje) e 55 para sócios contribuintes.
Resumindo: você terá que pagar oito anos seguidos para ter direito a votar em pessoas que você não conhece. O presidente vai ser eleito por essas pessoas que talvez você nunca tenha ouvido falar. E se quiser se candidatar terá que se alinhar com esses mesmos membros do atual conselho.
[ MEMBROS NATOS ]
Quando você acha que já tem desigualdade suficiente nas eleições alvinegras, tem mais. Ex-presidentes do Conselho Fiscal, Administrativo e Deliberativo do Figueirense junto com os sócios beneméritos terão vagas cativas no Conselho Deliberativo.
É como se alguns vereadores tivessem vagas eternas na câmara. E lembrando que no Figueirense só vota quem é "vereador eleito". Sendo assim o virtual equilíbrio entre sócios patrimoniais e sócios contribuintes no Conselho Deliberativo se desfaz. Quem decidirá o futuro do clube serão os mesmos de sempre.
[ QUEREMOS UMA DEMOCRACIA DE VERDADE ]
Por isso pedimos aos conselheiros que considerem três mudanças na proposta final de novo estatuto do Figueirense Futebol Clube.
1. DE OITO PARA DOIS ANOS. Que o tempo necessário para o torcedor votar seja reduzido de oito para dois anos. Isso possibilitaria que a maioria dos torcedores possa votar. Acreditamos que a nação alvinegra é imensa e pode ter mais votantes. Como consequência, aproximaria o torcedor do clube.
2. ELEIÇÕES DIRETAS. Que a eleição seja direta. Que o torcedor eleja o presidente e seus 110 conselheiros. Sem lista e sem distinção sócios comuns e patrimoniais.
3. FIM DOS MEMBROS NATOS. Acabar com a categoria de membros natos do Conselho Deliberativo. Não faz sentido haver cargos vitalícios no Conselho Deliberativo, estes os quais nem mesmo foram eleitos pelos torcedores. Estes não representam os torcedores.
[ ASSINE E REPASSE ]
Estamos pedindo para quem concorda, assinar. Entregaremos o documento para os membros do conselho antes da votação. Assine e ajude a divulgar. O tempo é curto, a reunião para assinatura ocorre no dia 2 de setembro.