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Fim da violência policial ilegal
Renan B.
começou essa petição para
Governador do estado de São Paulo, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público, Congresso Nacional, Presidência da República
Meu nome é Renan Fernandes, tenho 22 anos e sou estudante de direito. Hoje gostaria de falar a todos os brasileiros a partir dos seguintes relatos, fartamente compartilhados na internet e na imprensa:
“(...) entram no saguão da emergência quatro estudantes desesperados. Dois rapazes acompanhavam uma colega que passava mal por causa do gás lacrimogêneo. Um quarto manifestante procurava socorro com a boca ensaguentada. Mais alguns segundos e entraram correndo 4 ou 5 PMs atrás deles, mandando que todos saíssem, como se fossem bandidos. Como eles se recusaram e tentaram explicar que queriam atendimento, os policiais começaram a bater e arrastá-los para fora do hospital.”
“(...) já tinha saído da zona de conflito principal quando fui atingida. Tentei ajudar uma mulher perdida no meio do caos e coloquei ela dentro de um estacionamento. Não vi nenhuma manifestação violenta ao meu redor, não me manifestei de nenhuma forma contra os policiais, estava usando a identificação de jornalista e nem sequer estava gravando a cena. Vi o policial mirar em mim e atirar. Tomei um tiro na cara. O médico disse que os meus óculos possivelmente salvaram meu olho.”
"(...) Levaram o adolescente para a viatura, sem justificativa.
No momento em que me aproximei da viatura, dizendo que sou advogado, e que acompanhava o rapaz, um PM - todos estavam sem identificação, à exceção do PM Sd Jesus, que foi o único educado - me mandou, sem qualquer motivo - pois ali não havia confusão alguma -, sair dali."
Escrevo esse texto em pé, porque fui atingido por uma bala de borracha nas nádegas enquanto protegia um garoto que – em prantos em meio à fumaça e às bombas que jogavam em nós – só conseguiu me dizer que perdera o irmão no meio do conflito que nos envolveu na noite de 13 de junho de 2013. Os depoimentos acima, de pessoas que também estavam na manifestação comigo, demonstram a truculência policial com que fomos tratados. Nós estávamos gritando "Sem violência!" desde a Avenida da Consolação, quando fomos recebidos à bomba pela polícia, sem nenhuma razão ou explicação aceitável em uma sociedade democrática. A partir daí, o país assistiu às cenas horripilantes que representam uma verdadeira suspensão da ordem constitucional na cidade de São Paulo. Considerando tudo isso, é preciso exigir das autoridades o rigor na apuração desses excessos, bem como o avanço no debate sobre as estruturas de segurança pública como um todo a fim de evitar que a barbárie se repita e que se encerre como um todo, seja na Avenida Paulista, seja em qualquer outra localidade do Brasil.
Assinemos em peso!
“(...) entram no saguão da emergência quatro estudantes desesperados. Dois rapazes acompanhavam uma colega que passava mal por causa do gás lacrimogêneo. Um quarto manifestante procurava socorro com a boca ensaguentada. Mais alguns segundos e entraram correndo 4 ou 5 PMs atrás deles, mandando que todos saíssem, como se fossem bandidos. Como eles se recusaram e tentaram explicar que queriam atendimento, os policiais começaram a bater e arrastá-los para fora do hospital.”
“(...) já tinha saído da zona de conflito principal quando fui atingida. Tentei ajudar uma mulher perdida no meio do caos e coloquei ela dentro de um estacionamento. Não vi nenhuma manifestação violenta ao meu redor, não me manifestei de nenhuma forma contra os policiais, estava usando a identificação de jornalista e nem sequer estava gravando a cena. Vi o policial mirar em mim e atirar. Tomei um tiro na cara. O médico disse que os meus óculos possivelmente salvaram meu olho.”
"(...) Levaram o adolescente para a viatura, sem justificativa.
No momento em que me aproximei da viatura, dizendo que sou advogado, e que acompanhava o rapaz, um PM - todos estavam sem identificação, à exceção do PM Sd Jesus, que foi o único educado - me mandou, sem qualquer motivo - pois ali não havia confusão alguma -, sair dali."
Escrevo esse texto em pé, porque fui atingido por uma bala de borracha nas nádegas enquanto protegia um garoto que – em prantos em meio à fumaça e às bombas que jogavam em nós – só conseguiu me dizer que perdera o irmão no meio do conflito que nos envolveu na noite de 13 de junho de 2013. Os depoimentos acima, de pessoas que também estavam na manifestação comigo, demonstram a truculência policial com que fomos tratados. Nós estávamos gritando "Sem violência!" desde a Avenida da Consolação, quando fomos recebidos à bomba pela polícia, sem nenhuma razão ou explicação aceitável em uma sociedade democrática. A partir daí, o país assistiu às cenas horripilantes que representam uma verdadeira suspensão da ordem constitucional na cidade de São Paulo. Considerando tudo isso, é preciso exigir das autoridades o rigor na apuração desses excessos, bem como o avanço no debate sobre as estruturas de segurança pública como um todo a fim de evitar que a barbárie se repita e que se encerre como um todo, seja na Avenida Paulista, seja em qualquer outra localidade do Brasil.
Assinemos em peso!
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