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Manifesto em defesa da UFPE
Ascendino D.
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UFPE
MANIFESTO EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA
Convocamos a comunidade universitária da UFPE a se expressar em defesa de sua autonomia, assinando o presente manifesto.
Estamos a pouco mais de um mês da decisão sobre a escolha do próximo reitor da nossa UFPE. O primeiro turno do pleito está marcado para o dia 29 de maio e o segundo turno para o dia 12 de junho do corrente ano.
Como todos sabem, o país vive uma nova atmosfera política, social e econômica. No plano econômico, estamos assistindo ao desmonte de nossas estruturas produtivas e à entrega de nossa soberania, uma afirmação que tem por base tanto a venda da Embraer e do Pré-sal, quanto a cessão da base de Alcântara, exemplos de sucesso que resultaram de décadas de investimento em ciência e tecnologia nacionais.
Em termos sociais, vemos os valores éticos e os direitos individuais sufocados por decisões insensatas que nos arrepiam e apontam para o agravamento de desrespeitos aos direitos dos cidadãos, com um sistemático estímulo à violência contra aquele que pense diferente. Vemos um desacerto entre os poderes constituídos e o fomento ao ódio e a perseguição às conquistas sociais alcançadas após décadas de lutas.
Por sua vez, na educação e nas questões ambientais, experimentamos um retrocesso inimaginável, com políticas oficiais baseadas em um negacionismo e uma postura anti-intelectual e anticientífica.
No que se refere ao campo político, estamos vendo sucessivos casos de desrespeito à Constituição de 1988, cujos mandamentos passam a ser seletivamente ignorados ou aplicados, segundo a conveniência de cada um dos três poderes republicanos.
Diante desse quadro, vimos destacar as questões mais diretamente relacionadas com as universidades públicas brasileiras e, em particular, com a UFPE.
-Que leitura de tudo isso está sendo feita pelos candidatos que se apresentam para comandar nossa instituição?
-O que devemos cobrar deles, caso venham assumir a direção da UFPE?
Este documento está sendo encaminhado a toda a comunidade universitária, incluindo os candidatos e os membros do Conselho Universitário da UFPE, para que cada um possa se identificar com estas preocupações e com elas vir a se comprometer claramente, assumindo as seguintes posições, em defesa:
- da universidade brasileira pública, gratuita, inclusiva e de qualidade, com a UFPE entre elas.
- da autonomia da universidade, no que diz respeito à sua gestão sem interferências externas.
- da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, em uma Universidade enraizada nos valores democráticos.
- da liberdade de cátedra, no que tange o direito do livre decidir dos métodos didáticos, que respeitem a pluralidade de ideias e a não-discriminação.
- do Código de Ética aprovado no Conselho Universitário, respeitando-o e aplicando-o conforme sua determinação.
- do sistema de cotas e do financiamento público, conforme o dispositivo constitucional.
Nós, abaixo assinados, assim nos comprometemos.
Convocamos a comunidade universitária da UFPE a se expressar em defesa de sua autonomia, assinando o presente manifesto.
Estamos a pouco mais de um mês da decisão sobre a escolha do próximo reitor da nossa UFPE. O primeiro turno do pleito está marcado para o dia 29 de maio e o segundo turno para o dia 12 de junho do corrente ano.
Como todos sabem, o país vive uma nova atmosfera política, social e econômica. No plano econômico, estamos assistindo ao desmonte de nossas estruturas produtivas e à entrega de nossa soberania, uma afirmação que tem por base tanto a venda da Embraer e do Pré-sal, quanto a cessão da base de Alcântara, exemplos de sucesso que resultaram de décadas de investimento em ciência e tecnologia nacionais.
Em termos sociais, vemos os valores éticos e os direitos individuais sufocados por decisões insensatas que nos arrepiam e apontam para o agravamento de desrespeitos aos direitos dos cidadãos, com um sistemático estímulo à violência contra aquele que pense diferente. Vemos um desacerto entre os poderes constituídos e o fomento ao ódio e a perseguição às conquistas sociais alcançadas após décadas de lutas.
Por sua vez, na educação e nas questões ambientais, experimentamos um retrocesso inimaginável, com políticas oficiais baseadas em um negacionismo e uma postura anti-intelectual e anticientífica.
No que se refere ao campo político, estamos vendo sucessivos casos de desrespeito à Constituição de 1988, cujos mandamentos passam a ser seletivamente ignorados ou aplicados, segundo a conveniência de cada um dos três poderes republicanos.
Diante desse quadro, vimos destacar as questões mais diretamente relacionadas com as universidades públicas brasileiras e, em particular, com a UFPE.
-Que leitura de tudo isso está sendo feita pelos candidatos que se apresentam para comandar nossa instituição?
-O que devemos cobrar deles, caso venham assumir a direção da UFPE?
Este documento está sendo encaminhado a toda a comunidade universitária, incluindo os candidatos e os membros do Conselho Universitário da UFPE, para que cada um possa se identificar com estas preocupações e com elas vir a se comprometer claramente, assumindo as seguintes posições, em defesa:
- da universidade brasileira pública, gratuita, inclusiva e de qualidade, com a UFPE entre elas.
- da autonomia da universidade, no que diz respeito à sua gestão sem interferências externas.
- da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, em uma Universidade enraizada nos valores democráticos.
- da liberdade de cátedra, no que tange o direito do livre decidir dos métodos didáticos, que respeitem a pluralidade de ideias e a não-discriminação.
- do Código de Ética aprovado no Conselho Universitário, respeitando-o e aplicando-o conforme sua determinação.
- do sistema de cotas e do financiamento público, conforme o dispositivo constitucional.
Nós, abaixo assinados, assim nos comprometemos.
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