Abaixo-assinado Oficial - A nova pista da Orla do Guaíba que se chamará Rochelle Benites

A Rochelle Benites descobriu aos 36 anos que tinha uma doença pulmonar ,ela sempre foi uma pessoa muito ativa, muito alegre e com essa alegria ela ensinou mais de 1 mil pessoas a andarem de skate. Com essa paixão, ela fez muitas coisas. Teve três filhos, a Julia de 11 anos, o Murillo de 15 anos e o Matheus de 17 anos, mas infelizmente o transplante não chegou a tempo. Rochelle Benites veio a falecer em 19/08/2021, aos 44 anos. Em homenagem a ela, e a todo o seu legado na trajetória do skate, e pela doação de órgãos, nós queremos muito, que a nova pista de skate da orla do Guaíba, a ser inaugurada em outubro, seja chamada de Rochelle Benites.
Ela começou a andar de skate por volta de 1997. No parque Marinha do Brasil foi a primeira mulher a andar de skate naquela pista, e implementou, junto com Maurício Desimon, Adu Marzo, Birica Golden e demais amigos, o estilo Surf.  A modalidade Surfe Style se assemelha às manobras do Surf no mar, que proporciona uma boa evolução dentro e fora d’água. Este grupo, também, tem o mérito de ter realizado o primeiro Campeonato da Modalidade Surfe Style, no Parque Marinha do Brasil. Rochelle participou da idealização e construção da pista do IAPI - uma importante pista de skate de Porto Alegre, que segue o estilo Street. O Sreet é aquela modalidade em que a pista simula obstáculos de rua com escadarias, rampas, corrimões etc. E, foi responsável pelo Projeto "Acesso Radical Skate Para Todos" onde ela ministrava aulas gratuitas de skate.
Rochelle foi uma guerreira dos que lutavam por espaço público para o skate, pioneira, brigando por um lugar em que as crianças poderiam aprender e desenvolver este lindo esporte. Lutou, também, pelo atendimento prioritário aos pré-transplantados nos hospitais, emergências, nos bancos, para que não faltasse medicação na farmácia do estado e, fundamentalmente, para um melhor planejamento e organização da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul na captação de órgãos e no treinamento de médicos e enfermeiros, considerado por especialistas da área como um dos maiores problemas do processo da doação ao transplante.