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Leitos de UTI, médicos e unidades intermediárias de atendimento nas aldeias
Associação P.
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Governador do Pará, Helder Barbalho e Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)
Nós, povo Munduruku do alto e médio Tapajós, estamos sendo mortos pela Covid-19: dez entre nossos anciãos, anciãs, guardiões e guardiãs dos nossos conhecimentos, mães, guerreiros e guerreiras, já se foram. Outros estão em estado grave.
Somos quase 14 mil Munduruku vivendo no Tapajós. No alto Tapajós, no município de Jacareacanga, vivem cerca de 13 mil em quase 140 aldeias. No médio Tapajós, município de Itaituba estão mais onze aldeias, com cerca de mil Munduruku. Em Jacareacanga não há nenhum leito de UTI e em Itaituba, a 400km de distância, município com mais de 100 mil habitantes, há somente quatro leitos de UTI com respiradores. Nessa situação precária, não tem como sobreviver, e o sofrimento dos nossos parentes só aumenta.
Requeremos do Governo do Estado e da SESAI que garantam:
We, the Munduruku people of the upper and middle Tapajós River, are being devastated by Covid-19: ten have died among our elders, the guardians of our knowledge, our mothers, and our warriors. We’ve lost all of these, and many others are in serious condition.
We are a nation of 14,000 people living along the Tapajós River. In the upper Tapajós region, nearly 13,000 Munduruku live in roughly 140 villages in the municipality of Jacareacanga. In the middle Tapajós, eleven villages with about 1,000 Munduruku are situated in the municipality of Itaituba. In Jacareacanga, there is no hospital with an intensive care unit, and over 400 km away in Itaituba, a municipality with more than 100 thousand inhabitants, there are only four ICU beds with respirators. In this precarious situation, our very survival is at risk, and the suffering of our relatives only increases.
We demand that the Government of Pará and the Special Secretariat for Indigenous Health (SESAI) guarantee the following:
Camas de UCI, médicos y unidades de cuidados intermedios en las aldeas Nosotros, el pueblo Munduruku del Río Tapajós superior y medio, estamos siendo asesinados por Covid-19: diez de nuestros ancianos, ancianas, guardianes de nuestro conocimiento, madres, guerreros y guerreras, se han ido. Otros están en estado grave. Somos casi 14 mil Munduruku viviendo en el Río Tapajós. En la parte superior del Tapajós, en el municipio de Jacareacanga, alrededor de 13000 Munduruku viven en casi 140 aldeas mientras que en el centro del Tapajós, en el municipio de Itaituba, viven alrededor de 1000 Munduruku en 11 aldeas. En Jacareacanga no existen camas de UCI (Unidad de Cuidados Intensivos). En Itaituba, un municipio con más de 100 mil habitantes y a 400 km de distancia de Jacareacanga, solo hay cuatro camas de UCI con respiradores. No hay forma de sobrevivir en una situación tan precaria, y el sufrimiento de nuestros familiares sólo continúa aumentando. Requerimos que el Gobierno del Estado y SESAI (la Secretaría Especial de Salud Indígena) garanticen: · La instalación de al menos siete unidades de tratamiento intermedio en las aldeas, con equipos de monitoreo de oxígeno, oxigenoterapia, pruebas para detectar covid-19 y medicamentos, para que nuestros familiares no necesiten ir a las ciudades y reciban la atención necesaria dentro del territorio, siendo trasladados sólo en casos severos. Esta estructura fue prevista en nuestro plan de prevención y contención de coronavirus dentro de las aldeas Munduruku y también está referenciada por documentos producidos por DSEI (Distritos Especiales de Salud Indígena )Tapajós, como el Oficio n. 34/2020 / RT / DIASI / RT / DSEI / SESAI / MS y también la "Propuesta para la implementación de las Unidades de Apoyo y Tratamiento Intermedio COVID-19 en DSEI Guamá Tocantins "(Proceso SEI n. 25056.000564 / 2020-80); · La instalación de más camas con respiradores en la UCI de Itaituba, ya que las pocas que se inaugurarán en el hospital de campaña no serán suficientes, considerando el aumento exponencial de casos confirmados en el municipio, llegando a más de mil el 6 de junio; · La instalación de camas de UCI con respiradores también en Jacareacanga, ya sea en asociación con el Hospital Municipal de Jacareacanga o invirtiendo en la instalación de un hospital de campaña, según lo recomendado por la Organización Mundial de la Salud para las regiones donde las redes de atención hospitalaria están al límite, como es nuestro caso; · Médicos de cuidados intensivos para estas unidades hospitalarias y un equipo de atención médica, con médicos, enfermeros y terapeutas, para trabajar en las unidades intermedias de las aldeas; · La disponibilidad de un aeromóvil para casos que deben ser trasladados urgentemente a otras ciudades, si no hay más vacantes en la UCI de ciudades cercanas
Somos quase 14 mil Munduruku vivendo no Tapajós. No alto Tapajós, no município de Jacareacanga, vivem cerca de 13 mil em quase 140 aldeias. No médio Tapajós, município de Itaituba estão mais onze aldeias, com cerca de mil Munduruku. Em Jacareacanga não há nenhum leito de UTI e em Itaituba, a 400km de distância, município com mais de 100 mil habitantes, há somente quatro leitos de UTI com respiradores. Nessa situação precária, não tem como sobreviver, e o sofrimento dos nossos parentes só aumenta.
Requeremos do Governo do Estado e da SESAI que garantam:
- a instalação de ao menos sete unidades intermediárias de tratamento nas aldeias, com equipamentos de monitoramento de oxigênio, oxigenoterapia, testes para detectar covid-19 e medicamentos, para que nossos parentes não precisem vir às cidades e recebam os cuidados necessários dentro do território, sendo removidos somente em casos graves. Essa estrutura foi prevista em nosso plano de contingência e tem como referência documentos do DSEI Tapajós como o OFÍCIO Nº 34/2020/RT/DIASI/RT/DSEI/SESAI/MS e a "Proposta de implantação de Unidades Intermediárias de Suporte e Tratamento da COVID-19 no DSEI Guamá Tocantins" (Processo SEI n. 25056.000564/2020-80);
- a instalação de mais leitos de UTI com respiradores em Itaituba, pois os poucos que serão inaugurados no Hospital Regional não serão suficientes, considerando o aumento exponencial de casos confirmados no município, chegando a mais de mil em 06 de junho;
- a instalação de leitos de UTI com respiradores também em Jacareacanga, seja em parceria com o Hospital Municipal de Jacareacanga ou investindo na instalação de um hospital de campanha, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde para regiões em que as redes de atendimento hospitalar estão no limite, como é o nosso caso.
- médicos intensivistas para essas unidades hospitalares e uma equipe de saúde volante - com médicos, enfermeiros e terapeutas - para atuar nas unidades intermediárias das aldeias.
- disponibilização de aeromóvel para os casos que tenham que ser removidos com urgência para outras cidades, caso não haja mais vagas de UTI nas cidades próximas.
We, the Munduruku people of the upper and middle Tapajós River, are being devastated by Covid-19: ten have died among our elders, the guardians of our knowledge, our mothers, and our warriors. We’ve lost all of these, and many others are in serious condition.
We are a nation of 14,000 people living along the Tapajós River. In the upper Tapajós region, nearly 13,000 Munduruku live in roughly 140 villages in the municipality of Jacareacanga. In the middle Tapajós, eleven villages with about 1,000 Munduruku are situated in the municipality of Itaituba. In Jacareacanga, there is no hospital with an intensive care unit, and over 400 km away in Itaituba, a municipality with more than 100 thousand inhabitants, there are only four ICU beds with respirators. In this precarious situation, our very survival is at risk, and the suffering of our relatives only increases.
We demand that the Government of Pará and the Special Secretariat for Indigenous Health (SESAI) guarantee the following:
- The installation of at least seven intermediate treatment units within Munduruku villages, provided with oxygen monitoring equipment, oxygen therapy, and tests to detect covid-19 and medicines. This will ensure that our relatives do not need to come to the cities and will receive the necessary care within their own territories, being removed only in severe cases. This care structure located within our villages was provided for in our coronavirus prevention and containment plan, and also has documents produced by DSEI Tapajós as references, such as Ofício No. 34/2020 / RT / DIASI / RT / DSEI / SESAI / MS and also "Proposal for the Implementation of COVID-19 Intermediate Support and Treatment Units at DSEI Guamá Tocantins" (SEI Process n. 25056.000564 / 2020-80);
- The installation of more ICU beds with respirators in Itaituba, as the few that will soon be operational in the Regional Hospital will not be enough, considering the exponential increase in confirmed cases in the municipality (reaching more than 1,000 on June 6).
- We also demand the installation of ICU beds with respirators in Jacareacanga, either in partnership with the Jacareacanga Municipal Hospital or by investing in the installation of a field hospital, as recommended by the World Health Organization for regions where hospital care networks are at capacity, as is our case;
- Intensive care physicians for these hospital units, along with a comprehensive health care team – with doctors, nurses and therapists – to work in the intermediate units located within Munduruku villages;
- The availability of on-demand air transport for cases that have to be urgently removed to other cities, if there are no more ICU vacancies in the nearby cities.
Camas de UCI, médicos y unidades de cuidados intermedios en las aldeas Nosotros, el pueblo Munduruku del Río Tapajós superior y medio, estamos siendo asesinados por Covid-19: diez de nuestros ancianos, ancianas, guardianes de nuestro conocimiento, madres, guerreros y guerreras, se han ido. Otros están en estado grave. Somos casi 14 mil Munduruku viviendo en el Río Tapajós. En la parte superior del Tapajós, en el municipio de Jacareacanga, alrededor de 13000 Munduruku viven en casi 140 aldeas mientras que en el centro del Tapajós, en el municipio de Itaituba, viven alrededor de 1000 Munduruku en 11 aldeas. En Jacareacanga no existen camas de UCI (Unidad de Cuidados Intensivos). En Itaituba, un municipio con más de 100 mil habitantes y a 400 km de distancia de Jacareacanga, solo hay cuatro camas de UCI con respiradores. No hay forma de sobrevivir en una situación tan precaria, y el sufrimiento de nuestros familiares sólo continúa aumentando. Requerimos que el Gobierno del Estado y SESAI (la Secretaría Especial de Salud Indígena) garanticen: · La instalación de al menos siete unidades de tratamiento intermedio en las aldeas, con equipos de monitoreo de oxígeno, oxigenoterapia, pruebas para detectar covid-19 y medicamentos, para que nuestros familiares no necesiten ir a las ciudades y reciban la atención necesaria dentro del territorio, siendo trasladados sólo en casos severos. Esta estructura fue prevista en nuestro plan de prevención y contención de coronavirus dentro de las aldeas Munduruku y también está referenciada por documentos producidos por DSEI (Distritos Especiales de Salud Indígena )Tapajós, como el Oficio n. 34/2020 / RT / DIASI / RT / DSEI / SESAI / MS y también la "Propuesta para la implementación de las Unidades de Apoyo y Tratamiento Intermedio COVID-19 en DSEI Guamá Tocantins "(Proceso SEI n. 25056.000564 / 2020-80); · La instalación de más camas con respiradores en la UCI de Itaituba, ya que las pocas que se inaugurarán en el hospital de campaña no serán suficientes, considerando el aumento exponencial de casos confirmados en el municipio, llegando a más de mil el 6 de junio; · La instalación de camas de UCI con respiradores también en Jacareacanga, ya sea en asociación con el Hospital Municipal de Jacareacanga o invirtiendo en la instalación de un hospital de campaña, según lo recomendado por la Organización Mundial de la Salud para las regiones donde las redes de atención hospitalaria están al límite, como es nuestro caso; · Médicos de cuidados intensivos para estas unidades hospitalarias y un equipo de atención médica, con médicos, enfermeros y terapeutas, para trabajar en las unidades intermedias de las aldeas; · La disponibilidad de un aeromóvil para casos que deben ser trasladados urgentemente a otras ciudades, si no hay más vacantes en la UCI de ciudades cercanas
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