Pela HARMONIA ARQUITETÔNICA e COMBATE à POLUIÇÃO VISUAL em GAROPABA

Pela HARMONIA ARQUITETÔNICA e o COMBATE à POLUIÇÃO VISUAL em GAROPABA

Nós, cidadãos preocupados com a preservação da identidade e beleza de nossa amada cidade de Garopaba, vimos por meio deste abaixo-assinado expressar nossa profunda preocupação e indignação com a POLUIÇÃO VISUAL causada por placas e prédios que destoam da arquitetura local, iniciadas por inúmeras empresas de comércio local e recentemente muito agravadas por PLACAS ENORMES, ILUMINAÇÃO EXAGERADA, E CONSTRUÇÃO URBANA DE ALTO IMPACTO NEGATIVO NA POLUIÇÃO VISUAL COMO AS DO HIPERMERCADO KOMPRÃO.

Garopaba é conhecida por sua paisagem deslumbrante e arquitetura que preserva a história e a cultura locais. No entanto, temos testemunhado uma crescente invasão de placas e prédios que não se harmonizam com nossa arquitetura original, comprometendo a beleza natural e autenticidade de nossa cidade.

É comprovado que a poluição visual afeta negativamente a qualidade de vida dos moradores e a experiência dos turistas que nos visitam em busca de momentos especiais. As placas excessivamente grandes e altas e os prédios desalinhados rompem a harmonia urbana, desvalorizam nossa identidade cultural e afastam aqueles que desejam vivenciar o verdadeiro espírito de Garopaba.

Os anunciados preços mais baixos - ainda que sejam de fato verdadeiros - não terão a capacidade de compensar os prejuízos (de saúde, bem estar e financeiros) que a comunidade sofrerá caso placas e prédios como o do novo supermercado Komprão se perpetuem - ou pior: se espalhem ainda mais - pela nossa cidade.

As empresas - especialmente de grande porte - precisam compreender que sua arquitetura e publicidade são elementos cruciais para a sustentabilidade, especialmente em cidades turísticas.

Portanto, solicitamos, de maneira respeitosa, que a empresa Komprão, reconhecendo sua importância como estabelecimento de destaque em nossa comunidade, atenda os anseios da população e ADEQUE SUAS PLACAS de acordo com o que prevê a lei municipal número 975 de 2005 de Garopaba (art. 17, "a" e "c" e art. 20, XIII, art. 25, "a"):

1. limitando suas placas a um total de 15m2, com comprimento máximo de 5m, sem quadros sobrepostos (art. 17, a e b)

Solicitamos, ainda, que corrija a intensidade de iluminação de suas placas para algo adequado e razoável, que não prejudique pessoas e animais no seu entorno, bem como respeite a altura máxima de construção das suas caixas de água (7,5m), alterando-as em caráter emergencial para a cor branca, para diminuição do impacto visual, especialmente em nossos inúmeros mirantes turísticos.

Sugerimos, por fim, a adoção de melhores práticas e inclusão de maior vegetação no seu entorno, revisão das práticas para a inclusão de pessoas; e melhoria nos sistemas de drenagem.

A adoção de práticas sustentáveis não apenas beneficia a comunidade, mas também fortalece a relação entre a empresa a comunidade local e os visitantes, resultando em impactos positivos para a economia, o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Utilizamos como exemplo um supermercado de médio porte estabelecido na principal avenida de Garopaba, próximo à entrada da Silveira, que em sua reforma colocou em sua frente grama, paisagismo e mobiliário urbano, trazendo menor impacto negativo e demonstrando esforço em impactar positivamente a comunidade (além de atrair clientes ao seu estabelecimento).

Estamos certos que a empresa tomará as medidas solicitadas sem a necessidade de instauração de medidas administrativas e judiciais cabíveis, pela responsabilidade social e sustentabilidade que o mundo atual exige dos estabelecimentos corporativos.

No entanto, caso a empresa não tome as devidas atitudes no prazo máximo de 30 dias , desde já rogamos para que a Secretaria de Turismo, Comércio e Indústria de Garopaba (art. 50 da Lei 975/2005) tome as devidas medidas cabíveis para a imediata revogação das licenças para as placas (se é que existem), com a determinação da imediata substituição das placas, nos termos dos art. 10, 17, 20 e 25 da Lei 975 de 2005 de Garopaba (Art. 10 Toda licença será concedida em caráter precário e por tempo indeterminado.). Deverá, ainda,  revisar a taxa de permeabilidade do terreno (aparentemente descrumpida) e da altura da construção e da caixa d'água.

Requeremos desde já que a Secretaria incremente a fiscalização para outras placas inadequadas na cidade e, ainda, reavalie sua política de licenças, assim como considere esses pontos para encaminhamento de sugestões para a redação do novo Plano Diretor.

Solicitamos a todos os cidadãos comprometidos com o bem-estar de Garopaba que se unam a nós, assinando este abaixo-assinado.

Juntos, podemos mostrar às autoridades municipais e às empresas a importância de protegermos nossa arquitetura, combatermos a poluição visual e preservarmos o encanto de nossa cidade.