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Pacientes com desordens hemorrágicas na lista de prioridade da vacinação do COVID 19

Pacientes com desordens hemorrágicas na lista de prioridade da vacinação do COVID 19

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Esta petição foi criada por Indianara G. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Indianara G.
começou essa petição para
Ministério da Saúde
 A  Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia - ABRAPHEM - e suas associações estaduais  filiadas, vêm solicitar a inclusão dos pacientes com
Hemofilia e outras Coagulopatias Hereditárias na lista de prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra o SARS-COV-2. 

As hemofilias A e B ocorrem em cerca de 1:10.000 e 1:40.000 nascimentos de crianças do sexo masculino, respectivamente, não apresentando variação racial ou étnica.

Assim, segundo a sua prevalência na população brasileira, a hemofilia é considerada uma doença rara e, portanto, merece a mesma atenção da política pública para os raros.

O tratamento da hemofilia consiste na reposição do fator pró-coagulante por meio dos concentrados de fator plasmático ou recombinante, na utilização de medicamentos adjuvantes e na profilaxia dos sangramentos. Não há cura para as hemofilias. Os objetivos de tratamento são prevenir e tratar hemorragias de modo a evitar a degeneração articular progressiva e o dano tecidual e, com
isso, melhorar sobrevida e a qualidade de vida.

Uma complicação de grande relevância para as pessoas com hemofilia é o desenvolvimento de inibidores, que são anticorpos contra os fatores VIII ou IX infundidos. Ao ser exposto a um desses fatores de coagulação, o sistema imune do indivíduo não o reconhece como uma substância
produzida pelo próprio organismo e desenvolve defesas contra essa substância. Neste caso, os pacientes acometidos passam a não responder a infusão do fator deficiente, o que torna a hemostasia muito mais difícil de ser alcançada e o tratamento ainda mais complexo.

A infecção induzida por coronavírus SARS - CoV - 2 (COVID -19) pode estar associada a uma coagulopatia responsável principalmente pela trombose da microvasculatura pulmonar e manifestações tromboembólicas sistêmicas. A fisiopatologia e o manejo da coagulopatia com COVID-19 são provavelmente mais complexos em pacientes com doenças hemorrágicas hereditárias, como a hemofilia do que em pacientes sem desordens hemorrágicas.

Esses indivíduos podem de fato apresentar complicações hemorrágicas e trombóticas e exigir tratamentos antitrombóticos e hemostáticos simultâneos.

Sabe-se que o tratamento dos pacientes com desordens hemorrágicas exige extremo conhecimento de especialistas em hematologia - para estancar e prevenir os sangramentos com o uso de pró-coagulantes - e que o manejo hemostático torna-se muito mais complexo e arriscado quando da necessidade de intervenções invasivas, como intubação e extubação, além do risco de trombose, aumentando de forma exponencial de morbimortalidade.

A 6ª Edição1 do PNI (Plano Nacional de Imunização) trouxe como prioridade grupo de pessoas com comorbidades, determinando, ainda, que as “pessoas com deficiência permanente grave”, pessoas com deficiências institucionalizadas e pessoas em vulnerabilidade social, integrem mencionado grupo.

Segundo a caracterização de Grupos de Risco para agravamento e óbito pela covid-19, não há uniformidade na ocorrência de covid-19 na população, sendo identificado, até o momento, que o agravamento e óbito estão relacionados especialmente à características sociodemográficas. Ou seja, além dos indivíduos com maior risco para agravamento e óbito, existem ainda grupos com elevado grau de vulnerabilidade social e, portanto, suscetíveis a um maior impacto ocasionado pela covid-19. Neste  contexto, é importante que os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) também sejam levados em consideração ao pensar a vulnerabilidade à covid-19.

Desta forma, as pessoas com coagulopatias hereditárias graves, são altamente vulneráveis à Covid-19, em grande parte pelo acesso mais
restrito aos serviços de saúde que, por sua disposição geográfica, fazem com que seja necessário que o paciente percorra longas distâncias para acessar cuidados especializados de saúde, visto que a centralização dos tratamentos para coagulopatias hereditárias, realizados por profissionais especializados, ocorre nos hemocentros coordenadores, localizados exclusivamente nas capitais do ente federativo, na maioria dos estados.

Esse deslocamento impõe ao paciente altos custos  e grande investimento de tempo, podendo se estender por muitas horas ou até um dia inteiro, para chegar a um serviço de atenção especializada à saúde, a depender de sua localização. São também por estes desafios que a vacinação teria um efeito protetor altamente efetivo.

Considerando os dados expostos acima, solicitamos a inclusão dos pacientes com desordens hemorrágicas na lista de prioridades da vacinação contra o novo coronavírus pelo Plano Nacional de Imunização.

Por oportuno, se faz importante a garantia da célere vacinação, posto que as pessoas com doenças hemorrágicas, em sua maioria, apresentam quadros crônicos, maior vulnerabilidade clínica e psicológica e locomoção reduzida.

Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos, através do e-mail: contato@abraphem.org.br

 Atenciosamente, 

MARIANA FREIRE
Presidente da ABRAPHEM
Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia www.abraphem.org.br 









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