Clique em Configurações de Cookies para usar este recurso.
Em seguida, clique em 'Permitir Todos' ou ative apenas os 'Cookies Publicitários'
Ao continuar você está aceitando a Política de Privacidade da Avaaz, que explica como seus dados podem ser usados e como serão protegidos.
Entendi
Sociedade civil: Manter a Unidade de Acolhimento Adulto em funcionamento

Sociedade civil: Manter a Unidade de Acolhimento Adulto em funcionamento

1 assinaram. Vamos chegar a
50 Apoiadores

Complete a sua assinatura

,
Avaaz.org protegerá sua privacidade. e te manterá atualizado sobre isso e campanhas similares.
Esta petição foi criada por Eli D. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Eli D.
começou essa petição para
Sociedade civil
A importância da manutenção da Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) “Nise da Silveira” é garantir um mínimo de proteção às pessoas que encontram‐se em situação de grande vulnerabilidade social e fazem tratamento ao uso abusivo de substâncias como álcool e drogas. É preciso deixar claro que não se trata de um abrigo, mas de uma casa que garante respaldo à saúde dos usuários no que diz respeito, principalmente, a um período transitório de reintegração à sociedade e aí sim, também, a possibilidade de um abrigo. Não se trata, portanto, apenas de uma moradia, mas sim de uma unidade pública de saúde muito mais complexa que oferece suporte para que os usuários inseridos em projetos terapêuticos tenham condições de almejar a plena cidadania e, assim, buscar acesso à geração de emprego e renda, moradia, educação, saúde e habitação, entre outras necessidades, demandas e direitos humanos.
Trata‐se, desta forma, de uma extensão do tratamento oferecido pelo Caps (Centro de Apoio Psicossocial) AD (Álcool e Drogas) “Independência” que vem funcionando em caráter experimental e que tem apresentado resultados importantes no que diz respeito à sua proposta de reintegração dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) à sociedade (esse serviço deveria ser estendidos a todos os Caps). No convívio com demais pacientes é de fácil percepção o notório lastro às garantias mínimas de cidadania, como acesso à documentação, exercício de convivência em coletividade, valorização de responsabilidades não só individuais mas de compromisso com a sociedade, desenvolvimento de aptidões, suporte para relações e utilização de outros serviços públicos para além da área da saúde, acesso à cultura e o inequívoco aprofundamento dos tratamentos individuais. Para além de unidades, os usuários são tratados com respeito à diversidade e à individualidade e atendidos em condição de pessoas em uma situação de transformação do ponto de vista de sua condição na sociedade, com a perspectiva de uma real e palpável melhora no que diz respeito à qualidade de vida.
A situação aqui colocada é referente ao convívio diário de cerca de 10 pessoas (usuários do SUS) como protagonistas de seus projetos de vida construídos com apoio de uma equipe transdisciplinar e que, como sugere o nome da unidade, oferece amplo acolhimento e que opera na lógica da saúde pública humanizada conforme preconizam as diretrizes do SUS. O foco da unidade é a valorização dos direitos humanos em compromisso com a luta antimanicomial, em regime de laicidade e de amplo estímulo ao exercício do controle social por parte de usuários e trabalhadores, o que pode ser observado com a realização de constantes assembleias de caráter horizontal em que todos dividem não só os benefícios dos direitos mas as responsabilidades dos deveres intrínsecos à condição da pessoa entendida como cidadã.
Sou jornalista, usuário do Caps AD “Independência” e estou acolhido na UAA Nise da Silveira. Já trabalhei para jornais como “O Globo” e “Folha de S. Paulo”, assessorias de Imprensa para instituições como o SUS, entre outros. Ao produzir este texto me ative à transmissão de minha percepção enquanto usuários desta unidade pública de saúde, onde mantemos contato diário com equipe formada por profissional de psicologia, artes, educador de humanas, historiador, ciências sociais, enfermagem e educação física. Estive atento também à cadeia de benefícios que este acolhimento tem apresentado, enquanto parte de um projeto terapêutico, e mais uma vez lhes forneço um depoimento humano e fiel, de mais um beneficiado deste projeto que pode salvar vidas através da inserção social; esse relato é o relato de um jornalista, mas antes de tudo um ser humano que está tendo todo o apoio de uma casa que já posso chamar de lar e por tantas outras pessoas foi assim chamado.
Esta é uma petição pela importância da continuidade e extensão do projeto da Unidade de Acolhimento de Campinas, São Paulo, Brasil.
Postado (Atualizado )