Ontem eu tive uma crise de pânico quando fui buscar meu filho de 4 anos na escola e uma mulher veio correndo em minha direção. Por um momento, achei que meu filho tinha sido vítima de um massacre. Felizmente, era apenas uma corredora se exercitando.

Meu filho é meu coração andando fora do meu corpo.

Naquele mesmo dia, os jornais anunciaram que os advogados de Elon Musk, dono do Twitter, se recusaram a derrubar os perfis de pessoas que fazem apologia a ataques em escolas mesmo que São Paulo, sozinha, tenha recebido 279 denúncias de ameaças deste tipo em uma semana. Quando questionado sobre a decisão, o Twitter deixou apenas um bot responder, com um tweet:

💩

Um cocô pras nossas crianças, pra todos nós, brasileiros. Seria justo que estejamos todos reféns do desdém de um punhado de bilionários?

Junte-se a mim se você também acha que está na hora das redes sociais deixarem de ser uma terra sem lei. Toda sociedade precisa de leis e as redes sociais - e seus donos - não podem ser uma exceção. Assim na terra como na nuvem: regulem as redes sociais.

Você deve conhecer pais que viveram situações como esta que eu descrevi neste e-mail - talvez você SEJA essa pessoa. É muito triste que tenhamos que aprender desta forma, mas os recentes massacres em escolas (foram um por mês nos últimos 8 meses e um por SEMANA no último mês) deixaram claro que temos que regular as plataformas.

Regular é proteger. Proteger nossas crianças de massacres, nossas famílias de brigas e polarização, nossa democracia de ataques, nossa saúde de notícias falsas. Proteger nossa saúde mental e nossa saúde como sociedade!

Mas regular não basta: precisamos que o Executivo crie um órgão especializado para ficar de olho nos donos das redes sociais, ou então qualquer lei será apenas letra morta. Se a ANVISA regula a segurança de nossos alimentos, por que o poder público não regula também a segurança de nossas redes sociais? Queremos uma "Anvisa das redes". 

Você precisa assinar esta petição, mas isso não basta: compartilhe ela também. Convença as pessoas ao seu redor. No momento em que entregarmos essa demanda para os deputados e para o presidente, pode apostar, um time GIGANTE de advogados das grandes redes vai invadir os corredores do poder. Temos que falar mais alto que eles.

Conseguimos fazer com que o texto do PL 2630, que é o projeto de lei que regula as redes sociais, inclua importantes vitórias de transparência. Agora é a hora final, o momento da decisão. Que nunca mais uma criança sinta medo de ir à escola. Que nunca mais uma mãe associe o momento de pegar seu filho com um momento de trauma. Que ninguém, nunca, mande um emoji de cocô para nossas crianças e saia impune.