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Universidade de São Paulo: LEVE A USP LESTE A SÉRIO!
Michele S.
started this petition to
Universidade de São Paulo
Carta Aberta para Reitoria e comunidade USP
Nós, da Escola de Artes Ciências e Humanidades da USP buscamos recorrentemente alternativas para a solução dos gravíssimos problemas que temos enfrentado.
É de conhecimento público que fizemos, como última alternativa para chamar a atenção da Universidade, uma greve de 50 dias. Após a greve conseguimos algumas vitórias, dentre elas acesso à informação. Parece inacreditável que num país que tem uma Lei de Acesso à Informação uma comunidade possa pensar que acessar o que é direito seu seja considerado um ganho.
Contudo, temos que reconhecer que na EACH – e portanto na USP, se considerarmos o slogan Somos todos EACH - temos reivindicado direitos básicos: acesso a informação, condições adequadas de trabalho e garantia de um local seguro para trabalharmos e estudarmos.
No percurso, as informações que obtivemos são lamentáveis: há níveis elevados de gás metano no solo, a USP protelou a resolução do problema do qual tem ciência desde antes da implantação do Campus, aconteceu um crime ambiental na Unidade com a colocação indevida de 109.000 m3 de terra contaminada e de procedência desconhecida. O Ministério Público Estadual pediu a interdição do Campus e a Justiça deu um prazo de 30 dias para que a USP adotasse este procedimento.
Neste cenário desolador, ainda enfrentamos uma administração truculenta, complacente com a colocação da terra, marcada por sindicâncias. No momento, temos uma obra (ampliação de salas) interditada, um prédio interditado em decorrência do risco de explosão, um ginásio de esportes (com custo ao redor de 4 milhões) interditado, e em obras,após 3 anos de construção. Como alternativa recebemos uma tenda para suprir a falta do ginásio (com custo mensal ao redor de 130 mil reais) que também está interditada porque foi colocada no terreno contaminado!
Ansiosos pelo fim da barbárie, temos mais surpresas.Uma infestação de pombas disponibiliza ácaros para os braços de alunos e docentes e a Sabesp informa que a água dos bebedouros não é potável por possuir coliformes totais acima do limite aceitável, decorrentes de falta de manutenção da caixa d’água.
Neste pesadelo, ainda temos falta de professores, de funcionários e de laboratórios.Apesar destes elementos, quase como na canção “ o mundo vai ver brotar uma flor do impossível chão”, florescemos e somos a segunda maior unidade da USP, com 10 cursos de graduação, 7 de pós graduação, inúmeros trabalhos de extensão, publicações e premios.
Temos uma gestão pública que deixa seus trabalhadores e alunos num local que recebe terra contaminada, coliformes no bebedouro e, portanto, trata como excremento a comunidade que, com seu trabalho, fez o sonho de uma unidade da USP na Zona Leste possível e qualificado. Literalmente uma gestão que parece não se incomodar com a possibilidade da EACH explodir.
E por que insistimos em escrever, falar e lutar? Nós levamos a USP a sério. E a USP, quando vai nos levar a sério? Quando vai nos tratar com a atenção que merecemos? Ou espera que desistamos até que seja possível morrermos de doenças, de falta de estrutura ou de tristeza?
A palavra, que insistimos em expressar, é uma de nossas formas de luta para permanecermos vivos, porque não podemos sucumbir ao descaso, nem à tristeza com este estado de coisas, porque sabemos que não merecemos nem lixos, nem excrementos. Exigimos medidas imediatas, respeito e dignidade.
Nós, da Escola de Artes Ciências e Humanidades da USP buscamos recorrentemente alternativas para a solução dos gravíssimos problemas que temos enfrentado.
É de conhecimento público que fizemos, como última alternativa para chamar a atenção da Universidade, uma greve de 50 dias. Após a greve conseguimos algumas vitórias, dentre elas acesso à informação. Parece inacreditável que num país que tem uma Lei de Acesso à Informação uma comunidade possa pensar que acessar o que é direito seu seja considerado um ganho.
Contudo, temos que reconhecer que na EACH – e portanto na USP, se considerarmos o slogan Somos todos EACH - temos reivindicado direitos básicos: acesso a informação, condições adequadas de trabalho e garantia de um local seguro para trabalharmos e estudarmos.
No percurso, as informações que obtivemos são lamentáveis: há níveis elevados de gás metano no solo, a USP protelou a resolução do problema do qual tem ciência desde antes da implantação do Campus, aconteceu um crime ambiental na Unidade com a colocação indevida de 109.000 m3 de terra contaminada e de procedência desconhecida. O Ministério Público Estadual pediu a interdição do Campus e a Justiça deu um prazo de 30 dias para que a USP adotasse este procedimento.
Neste cenário desolador, ainda enfrentamos uma administração truculenta, complacente com a colocação da terra, marcada por sindicâncias. No momento, temos uma obra (ampliação de salas) interditada, um prédio interditado em decorrência do risco de explosão, um ginásio de esportes (com custo ao redor de 4 milhões) interditado, e em obras,após 3 anos de construção. Como alternativa recebemos uma tenda para suprir a falta do ginásio (com custo mensal ao redor de 130 mil reais) que também está interditada porque foi colocada no terreno contaminado!
Ansiosos pelo fim da barbárie, temos mais surpresas.Uma infestação de pombas disponibiliza ácaros para os braços de alunos e docentes e a Sabesp informa que a água dos bebedouros não é potável por possuir coliformes totais acima do limite aceitável, decorrentes de falta de manutenção da caixa d’água.
Neste pesadelo, ainda temos falta de professores, de funcionários e de laboratórios.Apesar destes elementos, quase como na canção “ o mundo vai ver brotar uma flor do impossível chão”, florescemos e somos a segunda maior unidade da USP, com 10 cursos de graduação, 7 de pós graduação, inúmeros trabalhos de extensão, publicações e premios.
Temos uma gestão pública que deixa seus trabalhadores e alunos num local que recebe terra contaminada, coliformes no bebedouro e, portanto, trata como excremento a comunidade que, com seu trabalho, fez o sonho de uma unidade da USP na Zona Leste possível e qualificado. Literalmente uma gestão que parece não se incomodar com a possibilidade da EACH explodir.
E por que insistimos em escrever, falar e lutar? Nós levamos a USP a sério. E a USP, quando vai nos levar a sério? Quando vai nos tratar com a atenção que merecemos? Ou espera que desistamos até que seja possível morrermos de doenças, de falta de estrutura ou de tristeza?
A palavra, que insistimos em expressar, é uma de nossas formas de luta para permanecermos vivos, porque não podemos sucumbir ao descaso, nem à tristeza com este estado de coisas, porque sabemos que não merecemos nem lixos, nem excrementos. Exigimos medidas imediatas, respeito e dignidade.
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